Economia

Vendas no varejo dos EUA têm queda inesperada em fevereiro

Crescimento econômico perdeu força conforme acaba o efeito dos cortes tributários e do aumento dos gastos do governo

Vendas no varejo dos Estados Unidos recuaram inesperadamente em fevereiro (Spencer Platt/AFP)

Vendas no varejo dos Estados Unidos recuaram inesperadamente em fevereiro (Spencer Platt/AFP)

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Reuters

Publicado em 1 de abril de 2019 às 09h57.

Washington - As vendas no varejo dos Estados Unidos recuaram inesperadamente em fevereiro, no mais recente sinal de que o crescimento econômico perdeu força conforme acaba o efeito dos cortes tributários e do aumento dos gastos do governo.

O Departamento do Comércio informou nesta segunda-feira que as vendas no varejo caíram 0,2 por cento uma vez que as famílias cortaram as compras de móveis, roupas, alimentos e eletrônicos e eletrodomésticos, além de materiais de construção e equipamento de jardinagem.

Os dados de janeiro foram revisados para mostrar aumento de 0,7 por cento em vez do ganho de 0,2 por cento informado anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters projetavam que as vendas no varejo subiriam 0,3 por cento em fevereiro. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve alta de 2,2 por cento.

A queda inesperada em fevereiro pode refletir parcialmente os atrasos no processamento de restituições de impostos em meados do mês. As restituições também foram menores em média na comparação com anos anteriores após a reforma do código tributário em janeiro de 2018. O frio e as chuvas também podem ter afetado as vendas.

O relatório de vendas varejistas de fevereiro foi adiado por uma paralisação parcial de 35 dias do governo federal que terminou em 25 de março. O relatório de março, que seria publicado em 16 de abril, foi remarcado para o dia 18 deste mês.

Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentos, as vendas no varejo caíram 0,2 por cento em fevereiro após salto de 1,7 por cento em janeiro. O chamado núcleo das vendas corresponde de forma mais aproximado ao componente de gastos do consumidor do Produto Interno Bruto.

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