Economia

Vendas na capital paulista crescem 0,8% em maio ante mês de 2016

O resultado interrompeu a sequência negativa verificada desde o início do ano

Vendas: a variação positiva se beneficiou de um dia útil a mais e uma fraca base de comparação, (foto/Thinkstock)

Vendas: a variação positiva se beneficiou de um dia útil a mais e uma fraca base de comparação, (foto/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de junho de 2017 às 14h30.

São Paulo - As vendas do comércio varejista na cidade de São Paulo avançaram 0,8% em maio em relação ao registrado no mesmo mês de 2016, informou a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O resultado interrompeu a sequência negativa verificada desde o início do ano, com retrações médias de 5%, 6,6%, 0,3% e 7,5% no meses de janeiro, fevereiro, março e abril, respectivamente.

A variação positiva, porém, se beneficiou de um dia útil a mais e uma fraca base de comparação, já que no ano passado o indicador cedeu 13,9% no mês. "Apesar de leve, esse aumento marca a passagem do campo negativo para o positivo em 2017. Finalmente saímos do vermelho", ressalta o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti.

O resultado de maio, quando comparado a abril, apresentou alta de 26,9% (13,4% nas vendas a prazo e 40,4% à vista). Efeitos sazonais, como o dia das Mães em maio e a elevada quantidade de feriados em abril, impulsionaram as vendas no mês.

Os negócios à vista puxaram as vendas em maio, com crescimento de 1,2%. Consumidores optaram por adquirir produtos de valor menor com pagamento no ato, com as vendas à prazo registrando ligeiro aumento de 0,4% no período, em comparação a maio de 2016.

No acumulado do ano (janeiro a maio), houve queda de 3,6% em relação ao período equivalente do ano anterior. Na mesma época do ano passado, o indicador havia recuado 13%. "Isso reforça que, se a recessão ainda não terminou, ela está perdendo intensidade. Embora seja um recuo no acumulado do ano, é um número favorável. Em algum momento o crescimento virá", diz Burti.

Ainda nos cinco primeiros meses do ano, as vendas a prazo (-4%) retraíram mais do que as vendas à vista (-3,1%). Juros ainda altos, a baixa confiança do consumidor e o desemprego em patamares recordes foram apontados pela entidade como fatores que pesam sobre o apetite do consumidor. "Para se comprometer com parcelas, o brasileiro precisa estar confiante de que não perderá o emprego; neste momento ele ainda não está seguro", diz Burti.

O Balanço de Vendas da ACSP é elaborado pelo Instituto de Economia da entidade com base em amostra da Boa Vista SCPC.

Acompanhe tudo sobre:Comérciosao-pauloVarejoVendas

Mais de Economia

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos