Varejo: etor de artigos de uso pessoal e doméstico influenciou no resultado do comércio de julho (Roberto Machado Noa/UCG/Universal Images Group/Getty Images)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 15 de setembro de 2023 às 09h46.
Última atualização em 15 de setembro de 2023 às 09h52.
As vendas do comércio varejista teve alta de de 0,7% em julho, após variação de 0,1% em junho. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, houve alta de 2,4%, segunda alta consecutiva nessa comparação. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgados nesta sexta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A média móvel trimestral, depois de registrar recuo de 0,2% no trimestre encerrado em junho, variou 0,1% no tri encerrado em julho. O acumulado do ano registra alta de 1,5%. Nos últimos 12 meses, o volume de vendas no comércio acumula expansão de 1,6%. Com o resultado de julho, o comércio varejista do país está 2,2% abaixo do nível recorde da série, de outubro de 2020.
Cristiano Santos, gerente da pesquisa, explica que o crescimento vem após três meses registrando resultados próximo de zero. “Assemelha-se a março, em termos de patamar, pegando esse cenário de estabilidade, mas ainda não é o caso de um crescimento pronunciável”, ressalta.
Entre as atividades que puxaram a alta do indicado, estão a de Equipamentos e material para escritório informática e comunicação, com a maior expansão, de 11,7%. O IBGE explica que o dólar e mudanças na política de importação ajudam a explicar a alta deste mês.
A segunda maior alta foi no setor de artigos de uso pessoal e doméstico, que apresentou expansão de 8,4% na passagem de junho para julho. “A alta vem muito por conta de base de comparação baixa, mas também houve promoções pontuais. Algumas grandes lojas realizaram uma espécie de antecipação de black friday. Embora tenha sido algo bastante específico, focado, e não tenha atingido a atividade como um todo, foi suficiente pra dar essa virada de trajetória” informa Cristiano.
O setor de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que representa mais de 45% da pesquisa, também apresentou alta, de 0,3%. Embora próxima de zero, essa expansão, somada à alta do mês anterior, faz o setor de alimentos chegar a crescimento de 1,7% no bimestre, após queda em maio.