Dia das Mães: a maioria dos consumidores que comprarão presentes (76%) afirma que pretende pagar à vista, enquanto 18% informaram a intenção de parcelar o valor da compra (flil/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de maio de 2017 às 17h41.
Rio - O varejo deve registrar um Dia das Mães mais polpudo este ano. As vendas devem ficar entre R$ 9 e R$ 10 bilhões, segundo estimativas de duas entidades que representam o setor.
A compra de presentes para a data deve movimentar R$ 9,2 bilhões no País, previu a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O resultado representa um crescimento de 3,8% em volume de vendas na comparação com o ano anterior, já descontada a inflação.
Se confirmada a estimativa, a data comemorativa terá crescimento real no faturamento após dois anos de quedas. Em 2015 e 2016, as vendas recuaram 0,4% e 9,0%, respectivamente.
A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomercio RJ) estima que a segunda melhor data comemorativa para o varejo movimente R$ 10 bilhões este ano, com cerca de 72,9 milhões de consumidores indo às compras.
O gasto médio com os presentes será de R$ 136,51. Os itens preferidos são roupas (30%), perfumes e cosméticos (20%), calçados, bolsas e acessórios (11%) e flores (7%), de acordo com levantamento feito em parceria com o instituto de pesquisa Ipsos realizada em 72 cidades brasileiras.
A maioria dos consumidores que comprarão presentes (76%) afirma que pretende pagar à vista, enquanto 18% informaram a intenção de parcelar o valor da compra.
No universo de consumidores que pretendem presentear, 53% são homens e 47% mulheres, sendo 59% deles pertencentes à classe C, 26% de classes A ou B, e 15% de classes D ou E.
Com a expectativa de incremento das vendas, a CNC calcula que os varejistas aumentarão a contratação de trabalhadores temporários este ano, com a abertura de 20,6 mil vagas, ante 20,1 mil postos criados no mesmo período de 2016.
Apesar da maior oferta de trabalho, a taxa de efetivação deve se manter abaixo da média histórica de 5,5%.
As condições de consumo ainda são frágeis, especialmente pela lentidão na retomada do nível de atividade econômica, emprego e crédito, justificou o economista Fabio Bentes, da Divisão Econômica da CNC.