Economia

Vendas de supermercados no Brasil sobem 4,81% em setembro

Na comparação com agosto deste ano, houve queda de 5,12%


	Supermercado: para a temporada de fim de ano, que começa no meio de novembro e ganha força em dezembro, a Abras prevê um aumento de 14,9% nas vendas
 (Leo Caldas/EXAME.com)

Supermercado: para a temporada de fim de ano, que começa no meio de novembro e ganha força em dezembro, a Abras prevê um aumento de 14,9% nas vendas (Leo Caldas/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 13h49.

São Paulo - As vendas de fim de ano nos supermercados no Brasil devem acelerar, mas no acumulado de 2013 o ritmo de crescimento deve ser menor do que no ano passado, previu nesta terça-feira a Abras, entidade que representa o setor.

A Abras, entidade que representa o setor, estimou nesta terça-feira avanço de 14,9 por cento para as vendas no período de festas, na comparação com igual etapa de 2012, com destaque para frutas importadas e bebidas.

As vendas de fim de ano de 2012 haviam crescido 14,4 por cento ante igual etapa do ano anterior. "O supermercadista está confiante em relação às suas vendas no fim de ano, prevendo crescimento em todas as categorias típicas do período", afirmou o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, em nota à imprensa.

Entre meados de novembro e dezembro, os produtos com maior expectativa de elevação nas vendas são as frutas especiais importadas (+17,1 por cento), seguidas por bebidas natalinas (+15,9 por cento) e cervejas (+15,3 por cento).

"O crescimento de encomendas de frutas especiais importadas mostra também que as oscilações cambiais ocorridas em agosto não chegaram a afetar de forma significativa as compras do setor", observou o vice-presidente da Abras.

Além disso, o arrefecimento da inflação também ajudou a melhorar as estimativas em relação ao resultado anual, afirmou o gerente de economia da entidade, Flávio Tayra.

"Existia expectativa muito negativa em relação ao controle da inflação e isso foi revertido", disse.

Também citando a manutenção dos níveis de emprego e aumento do rendimento médio, a Abras agora prevê que o crescimento das vendas reais em 2013 fique entre 4 a 4,5 por cento, ante avanço de 4 por cento apontado no último mês, quando já havia revisto suas estimativas para cima.

Apesar disso, Tayra ressalvou que o setor diminuiu o ritmo em relação aos últimos anos, afetado pela desaceleração econômica do país. Em 2012, o crescimento das vendas chegou a 5,3 por cento, "patamar que dificilmente será repetido".

Em setembro, as vendas reais dos supermercados no país subiram 4,81 por cento ante igual mês de 2012. Na comparação com agosto houve queda de 5,12 por cento, informou a Abras, atribuindo o recuo à forte base de comparação mensal.


No acumulado de janeiro a setembro, o aumento chegou a 4,94 por cento. Como as vendas do último trimestre de 2012 foram fortes, a Abras acredita que o setor deve encerrar 2013 com crescimento abaixo deste percentual.

Preços

O preço médio da cesta AbrasMercado, com 35 produtos de amplo consumo pesquisados pela GfK, teve alta de 6,88 por cento nos 12 meses até setembro e caiu 0,92 por cento sobre agosto, passando para 352,57 reais.

Os produtos que tiveram maiores quedas de preço na comparação com agosto foram batata (-21,64 por cento), cebola (-12,43 por cento) e tomate (-11,94 por cento). As maiores altas foram leite em pó integral (+3,77 por cento), farinha de trigo (+3,41 por cento) e frango congelado (+2,28 por cento).

Segundo o diretor de relacionamento da GfK, Marco Aurélio Lima, o preço da cesta deve manter estabilidade nos próximos meses, encerrando o ano em linha com a inflação.

Em pesquisa separada, a Abras afirmou que o volume de mercadorias vendidas teve retração de 1 por cento no acumulado do ano até agosto, de acordo com dados bimestrais da Nielsen.

O recuo foi puxado principalmente pelas bebidas alcoólicas, com queda de 3,9 por cento na comparação anual.

"Em algumas categorias, as empresas estão compensando a queda no volume com ajuste de preços", disse Fábio Gomes da Silva, gerente de atendimento da Nielsen.

Na pesquisa que mediu as expectativas para a temporada de final de ano, os supermercadistas estimaram que o produto com maior variação de preço em relação a 2012 será a cerveja, com elevação de 11,9 por cento.

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