Economia

Vendas de smartphones caem 13,4% após cinco anos de alta

"Foi um ano muito difícil para o mercado de smartphones, que apresentava taxas de crescimento, mas acabou impactado, por conta da alta do dólar", afirmou o IDC


	Celulares: "foi um ano muito difícil para o mercado de smartphones, que apresentava taxas de crescimento, mas acabou impactado, por conta da alta do dólar", afirmou o IDC
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Celulares: "foi um ano muito difícil para o mercado de smartphones, que apresentava taxas de crescimento, mas acabou impactado, por conta da alta do dólar", afirmou o IDC (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2016 às 16h50.

São Paulo - As vendas de smartphones recuaram em 2015, após cinco anos de altas consecutivas.

O comércio de aparelhos caiu 13,4% ante 2014, para pouco mais de 47 milhões de unidades, de acordo com estudo divulgado pela IDC Brasil. Apesar da retração, o tíquete médio dos celulares teve elevação de 17% e elevou a receita em 1,2%

"Foi um ano muito difícil para a economia e até o mercado de smartphones, que apresentava taxas de crescimento positivas nos anos anteriores, acabou impactado, principalmente por conta da alta do dólar", afirmou Leonardo Munin, analista de pesquisa da IDC Brasil.

"Mesmo com alguns fabricantes nacionais apostando no mercado de celulares, os insumos são importados e, ao longo do ano, foi necessário fazer de três a quatro repasses nos preços dos aparelhos", acrescentou.

Apesar do volume de vendas menor, o faturamento teve um crescimento de 1,2%, na comparação com 2014, sustentado pela alta de 17% no tíquete médio, que passou de R$ 750 em 2014 para R$ 880 em 2015.

"Os anos de 2013 e 2014 foram marcados pela popularização do smartphones. Em 2015, houve uma mudança no comportamento dos consumidores, que passaram a investir em celulares mais caros", afirmou o analista.

"O aumento na receita foi influenciado por este novo comportamento dos usuários que buscam ter uma segunda experiência com o smartphone, optando por uma aparelho mais robusto", disse.

Munin reforçou que o ciclo de vida dos celulares, que era de um ano e meio, passou para cerca de dois anos. "Notamos que o consumidor está ficando mais tempo com um aparelho e preferindo, inclusive, fazer pequenos reparos. Isso acaba refletindo na venda de aparelhos novos", apontou.

A IDC prevê nova retração, de cerca de 13% do mercado de smartphones, com a venda aproximada de 41 milhões de aparelhos em 2016.

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