Soja: 12 por cento da área plantada no país já foram colhidos (Divulgação/EXAME)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 17h15.
São Paulo - A comercialização de soja no Brasil avançou pouco nos últimos dias, com os produtores focados em realizar a colheita e cumprir contratos já existentes, afirmou a consultoria Céleres.
Até 08 de fevereiro, data da última pesquisa, divulgada nesta quarta-feira, 59 por cento da atual safra haviam sido comercializados, um avanço de apenas um ponto percentual ante o levantamento da semana anterior.
"No entanto, ao se comparar com o resultado médio dos últimos cinco anos, o ritmo de vendas está 17 pontos percentuais à frente", ressaltou a consultoria, em nota.
O ritmo de vendas foi bastante lento na última semana, segundo os produtores e agentes do mercado ouvidos pela Céleres em virtude do já elevado percentual de vendas, da preocupação dos produtores em avançar com os trabalhos de colheita e do cumprimento das entregas já contratadas junto aos compradores.
Há meses os produtores rurais vêm realizando negócios de venda antecipada da safra 2012/13, com o objetivo de aproveitar os elevados preços no mercado internacional, após uma quebra de safra nos EUA em meados do ano passado.
O levantamento mais recente mostra que 12 por cento da área plantada com soja no país já foram colhidos, com destaque para Mato Grosso e Paraná. Os dois principais Estados produtores são os mais avançados no trabalho de campo, com praticamente um quinto da área já colhida.
"No geral, os relatos de rendimento são satisfatórios, embora existam bolsões onde a falta de chuva ao longo do ciclo produtivo da soja compromete a obtenção de níveis mais elevados de produtividade", disse a Céleres.
A consultoria destaca a diferença de percentual colhido nesta ano na comparação com a média dos últimos cinco anos, de 7 por cento.
"A crescente adoção dos sojicultores, por variedades de ciclo mais precoce --e de crescimento indeterminado-- reflete claramente a alteração do perfil do ciclo produtivo", com a busca da antecipação da colheita para aproveitar preços melhores num momento em que o mercado ainda não foi inundado pela soja da nova safra, segundo a Céleres.