Fileira de carros: volume representa retração de 38,81% em relação a janeiro de 2015 e baixa de 31,82% ante dezembro (Design Pics/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 18h42.
Última atualização em 25 de abril de 2018 às 11h57.
São Paulo - Depois de ter terminado 2015 com a terceira queda seguida nas vendas, o mercado brasileiro de veículos novos começou 2016 com o pior de janeiro desde 2007, mostram dados divulgados nesta segunda-feira, 1, pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram 155.300 unidades vendidas no mês passado, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
O volume representa retração de 38,81% em relação a janeiro de 2015 e baixa de 31,82% ante dezembro.
Por segmento, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 149.699 unidades, queda de 38,62% em comparação com janeiro do ano passado e tombo de 32,15% em relação ao volume de dezembro.
Só os automóveis atingiram 131.272 emplacamentos em janeiro deste ano, baixa de 36,33% sobre igual mês de 2015 e retração de 32,05% ante dezembro.
A venda de comerciais leves, por sua vez, registrou 18.427 unidades, queda de 51,15% ante janeiro do ano passado e baixa de 32,84% sobre o último mês de 2015.
Entre os pesados, os caminhões somaram 4.348 unidades vendidas, o menor nível da série histórica da Fenabrave, que compila os dados desde 2002.
O volume representa queda de 43,36% em relação a janeiro de 2015 e baixa de 22,05% em comparação com dezembro de 2015. No caso dos ônibus, as vendas atingiram 1.253 unidades, declínio de 43,79% ante janeiro do ano passado e tombo de 19,47% em comparação com o mês anterior.
As fortes baixas logo no começo do ano representam um mau sinal para as entidades representativas do setor automotivo. No fim do ano passado, a Fenabrave divulgou que sua previsão para 2016 é de uma queda de 5,8% em relação ao patamar de 2015, bem abaixo das retrações verificadas já em janeiro.
No caso da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a projeção é de 7,5%. Em 2015, as vendas recuaram 26,5%, o maior declínio desde 1987 e o terceiro seguido na comparação anual, segundo a Fenabrave.