Até o fim do ano a venda de motos deve quebrar o recorde de 2008 (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 15h21.
São Paulo – As vendas de motocicletas no país nunca estiveram tão aquecidas. Entre janeiro e novembro, o número de unidades vendidas foi o maior já registrado para o período, segundo balanço da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Em 11 meses, foram vendidas 1,93 milhão de motos, 8,5% a mais que no mesmo período de 2008 que detinha, até agora, o recorde da série histórica.
Só em novembro, deixaram as revendas 177,8 mil motocicletas, um crescimento de 0,6% ante outubro, quando foram vendidas 177,7 mil unidades. Segundo o presidente da Abraciclo, Roberto Akiyama, a alta nas vendas este ano fez o setor de duas rodas superar a crise que se arrstava desde 2009. Akiyama disse que, em 2011, a produção anual deve igualar, pela primeira vez, a marca alcançada em 2008, o melhor ano do segmento. “Depois de três anos, conseguimos retomar o nível de antes da crise”, disse ele.
A associação estima que, até o fim do ano, a fabricação de motocicletas atinja 2,141 milhões de unidades. Caso o número se confirme, o setor apresentará um crescimento de 17% ante o resultado do ano passado, quando foram fabricadas 1,83 milhão de motos. As vendas internas devem crescer 13%, com 2,06 milhões de unidades. Em 2010, foram vendidas 1,818 milhão de motos.
No ano que vem, Akiyama prevê que o setor continuará em expansão, porém, em ritmo mais lento. A venda e a produção devem crescer 5%, atingindo, respectivamente, 2,154 milhões e 2,252 milhões de motos. “Ainda esperamos alguns efeitos das medidas de contenção de crédito tomadas pelo governo e da crise internacional”, disse Akiyama.
Mas a maior aposta da Abraciclo para 2012 está nas exportações. Segundo Akiyama, as vendas para o mercado externo devem crescer 46% e chegar a marca de 98 mil unidades. Akiyama ressaltou, entretanto, que as exportações representam uma fatia muita pequena da fabricação nacional. Por isso, o incremento nos embarques não terá grande impacto no faturamento do setor.