Informação é da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a Abraciclo (stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2012 às 14h13.
São Paulo - As vendas de motocicletas no mercado interno somaram 897.252 unidades no primeiro semestre, baixa de 13,2% ante o total de 1 033 milhão em igual período do ano passado, divulgou nesta terça-feira a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). A produção de motos chegou a 967.901 unidades no período, queda de 10,3% em comparação com 1,079 milhão fabricadas entre janeiro e junho de 2011.
Em junho foram vendidas 138.835 unidades, recuo de 8,2% frente a 151.316 unidades em maio deste ano e de 13,6% ante 160.754 em junho do ano passado. De acordo com a entidade, a produção em junho atingiu 140.920 motocicletas, retração de 17,9% ante 171.739 em maio e de 13,6% sobre as 163.177 unidades de junho de 2011.
A Abraciclo informou em comunicado que o fator responsável pela crise do setor é a maior seletividade e rigor enfrentados pelos consumidores para a liberação de crédito. De acordo com a entidade, a maioria dos compradores de motocicletas é das classes C, D e E, e muitas vezes com dificuldades para a comprovação de renda. "As exigências e maior rigor imposto no fim do ano passado pelas financiadoras na aprovação das fichas fazem com que apenas 20% dos consumidores aptos a arcar com o financiamento consigam a liberação do crédito. Os outros 80% são recusados e têm a compra vetada", disse Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
De acordo com o executivo, a Abraciclo tem atuado junto aos bancos privados e redes de distribuição para incrementar a aprovação dos financiamentos. "Nossas associadas estão buscando uma diminuição na recusa, muitas vezes desencadeada por falhas e erros simples", afirmou Fermanian, acrescentando que "se 40% das fichas fossem aprovadas", o porcentual representaria o dobro de vendas fechadas.
Ainda segundo ele, o atual perfil de financiamento, com a exigência de 20% do valor do veículo de entrada e a redução no número de parcelas para a amortização do veículo, "já dificulta, por si só, as vendas".