Economia

Venda de imóveis novos em SP deve crescer até 5% em 2012

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo devem crescer de 3,5% a 5% em Valor Geral de Vendas

No último ano, as vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo caíram 21% sobre 2010 (Germano Lüders/EXAME)

No último ano, as vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo caíram 21% sobre 2010 (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2012 às 13h47.

São Paulo - Após encerrar 2011 com uma queda de mais de 20 por cento nas vendas, o mercado imobiliário em São Paulo deve retomar o ritmo de crescimento este ano, apoiado na melhora da conjuntura macroeconômica, com tendência de equilíbrio entre oferta e demanda. As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo devem crescer de 3,5 a 5 por cento em 2012 em Valor Geral de Vendas (VGV) em relação ao ano passado, segundo estimativa feita pelo sindicato que representa o setor imobiliário na capital paulista, Secovi-SP, nesta terça-feira.

Em termos de unidades, contudo, o crescimento deve ficar um pouco abaixo dessa previsão, considerando que os preços dos imóveis tendem a permanecer em alta. No ano passado, as vendas somaram 13,3 bilhões de reais em VGV.

"Temos demanda, crédito imobiliário e todas condições favoráveis para crescer de forma estável... o mercado (imobiliário) vai seguir o crescimento da economia", disse o presidente do Secovi-SP, Cláudio Bernardes.

Em termos de lançamentos, a estimativa da entidade é de que o incremento em 2012 seja inferior ao de vendas, em meio à tendência de acomodação do mercado, para equilibrar oferta e demanda.

"Será um crescimento sustentável", afirmou o economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci. "O mercado está em processo de acomodação, com o volume de lançamentos se ajustando à demanda".

No último ano, as vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo caíram 21 por cento sobre 2010, somando 28,3 mil unidades.

Já os lançamentos na capital paulista atingiram 37,7 mil unidades, queda anual de 1,3 por cento.

"Iniciamos o ano de 2011 com descompasso entre demanda e oferta, inflação em ascensão e cenário internacional complexo", assinalou Petrucci.

A maior parcela, tanto em vendas quanto em lançamentos, ficou com os imóveis de dois dormitórios, com 13,3 mil e 17,3 mil unidades, respectivamente.

O índice de velocidade de vendas -medido pela relação de venda sobre oferta- recuou de 70,3 por cento em 2010 para 57,2 por cento no ano passado, nível que deve se manter em 2012.

O estoque de imóveis em São Paulo, enquanto isso, estava em 19,7 mil unidades em dezembro.


Preços

Em sentido contrário à queda de 1,3 por cento nos lançamentos em termos de unidades, houve alta de 12 por cento no valor dos novos empreendimentos, para o total de 17,7 bilhões de reais, refletindo aumento do valor dos imóveis.

Segundo Bernardes, um dos entraves para a reversão do aumento de preços envolve a escassez de terrenos adequados para construção de unidades em grandes centros urbanos como São Paulo.

"Quanto mais escassez, mais o preço sobe", disse ele, acrescentando que a "solução" está na migração para regiões fora das metrópoles e na reurbanização de áreas degradadas e industriais.

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