Economia

Venda de aço plano por distribuidores no Brasil cai em março

Segundo os analistas, as vendas corresponderam a uma média por dia útil de 11,6 mil toneladas, uma queda de 12,8% sobre março de 2016

Aço plano: no primeiro trimestre, as vendas dos distribuidores caíram 8,7% sobre o mesmo período de 2016 (Domingos Peixoto/Site Exame)

Aço plano: no primeiro trimestre, as vendas dos distribuidores caíram 8,7% sobre o mesmo período de 2016 (Domingos Peixoto/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 17 de abril de 2017 às 20h37.

São Paulo - A comercialização de aço plano por distribuidores do Brasil caiu em março sobre um ano antes, para cerca de 254 mil toneladas, segundo dados da entidade que representa o setor, Inda, citados por analistas do Bradesco BBI em nota a clientes nesta segunda-feira.

Segundo os analistas, as vendas corresponderam a uma média por dia útil de 11,6 mil toneladas, uma queda de 12,8 por cento sobre março de 2016, mas alta de 2,1 por cento sobre fevereiro.

Com isso, no primeiro trimestre, as vendas dos distribuidores caíram 8,7 por cento sobre o mesmo período de 2016, para 708,3 mil toneladas, escreveram os analistas Thiago Lofiego e Arthur Suelotto, do Bradesco BBI.

O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) divulga os dados à imprensa na terça-feira. O setor é responsável por cerca de um terço da base de clientes das siderúrgicas brasileiras.

Segundo os analistas, os estoques de aço plano nos distribuidores encerraram março em 951,5 mil toneladas, ante 918 mil toneladas em fevereiro.

O volume estocado até o mês passado correspondia a 3,7 meses de vendas, acima da média histórica de 3,5 meses.

"Apesar de mantermos nossa visão de que o mercado brasileiro de aços planos está em uma tendência de recuperação, acreditamos que a tendência deverá tomar um caminho volátil", disseram os analistas do Bradesco BBI no relatório.

Os analistas citaram ainda que os preços domésticos do aço plano estão embutindo um prêmio em relação ao material importado de 28 por cento, o que "implica em espaço para um corte de pelo menos 10 por cento no preço para os distribuidores".

Lofiego e Suelotto, porém, não esperam reduções de preços para clientes industriais, que correspondem a 70 por cento da base de clientes das siderúrgicas e não tiveram o mesmo nível de reajustes sofrido pelos distribuidores.

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