Economia

Veículos puxaram produção de bens duráveis em julho

Segundo gerente de Indústria do IBGE, a recuperação na produção de caminhões e automóveis contribuiu para o aumento de 16,7% de bens de capital


	"Setor de veículos ainda encontra-se com nível de estoques bem acima do desejado", afirmou gerente
 (Michele Tantussi/Getty Images)

"Setor de veículos ainda encontra-se com nível de estoques bem acima do desejado", afirmou gerente (Michele Tantussi/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 11h36.

Rio - Os aumentos observados na produção de bens de capital (16,7%) e de bens de consumo duráveis (20,3%) em julho ante junho foram puxados pelo setor de veículos, disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta terça-feira, 02, a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF).

Segundo Macedo, a recuperação na produção de caminhões e automóveis, respectivamente, contribuiu para os resultados.

Apesar disso, o gerente do IBGE pondera que as elevações mais vigorosas observadas em julho foram justamente nos setores mais marcados por reduções nas jornadas de trabalho e por concessão de férias coletivas no mês anterior, em função da realização da Copa do Mundo.

Além disso, não compensam os recuos acumulados entre março e junho, nem para bens de capital (-19,2%) nem para duráveis (-30,9%).

"Há melhora, mas quando eu comparo o resultado de julho deste ano com julho do ano passado, a indústria opera 3,6% abaixo", citou Macedo.

Na comparação com julho do ano passado, os veículos, com queda de 22,8% na produção, também puxam para baixo os resultados de bens de capital (-6,4%) e bens de consumo duráveis (-13,7%).

"O setor de veículos ainda encontra-se com nível de estoques bem acima do desejado. O setor ainda está tentando adequar sua produção corrente aos estoques existentes. É um resultado positivo em julho em cima de uma base mais fraca em junho. Para saber o que vai acontecer daqui para frente temos que esperar, mas é claro que uma sinalização de queda nas vendas pode gerar descompasso nos estoques", comentou Macedo.

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