Economia

Veículos leves puxam alta do índice ABCR em agosto

Tráfego de veículos leves pelas estradas pedagiadas brasileiras avançou 7,7% em agosto


	Trecho da rodovia BR-324 em Salvador, operado pela ViaBahia
 (Edson Ruiz/Placar)

Trecho da rodovia BR-324 em Salvador, operado pela ViaBahia (Edson Ruiz/Placar)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 12h03.

São Paulo - O avanço de 7,7% no tráfego de veículos leves pelas estradas pedagiadas brasileiras em agosto ante julho determinou o crescimento de 4,7% do Índice ABCR, de acordo com a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e Tendências Consultoria Integrada, que divulgaram os números do indicador nesta quarta-feira, 10.

A alta dos leves recuperou a queda forte de 5,1% registrada em julho, em razão da Copa do Mundo, e compensou a queda de 0,5% registrada nos pesados.

"(O resultado) foi influenciado pela alta dos leves, que responderam ao efeito da base de comparação muito fraca em julho, quando registrou uma retração de 5,1% por conta da Copa do Mundo", avaliou a economista Alessandra Ribeiro, sócia da Tendências, em nota enviada à imprensa.

De acordo com a analista, o mundial também alterou a sazonalidade de julho, que geralmente mostra aumento da movimentação dos leves puxada pelas férias escolares.

Analisando os dados na margem, economista ressalta que, nos últimos meses, observa-se um comportamento "estável" no fluxo dos leves, com uma média mensal de janeiro até junho de 0,1%.

"Como despencou em julho, em agosto, houve uma correção devido à base de comparação. Certamente é por isso, pois nossas simulações têm mostrado que o mercado de trabalho está estagnado e já sofrendo um pouco dos efeitos da atividade econômica fraca", afirma.

Em relação aos veículos pesados, Alessandra avalia que a queda é consequência da trajetória de desaquecimento do setor industrial brasileiro.

"Desde março, a indústria vem numa trajetória de enfraquecimento. Em julho, os pesados indicaram uma ligeira melhora na indústria, que se confirmou. No entanto, para agosto, o cenário positivo não se confirma", afirma.

Para a economista, os números mostram que "a indústria está estagnada e continua patinando".

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