Economia

Varejo tem pior queda em 6 meses nos EUA após Harvey

O furacão também atingiu a produção industrial, que caiu 0,9% em agosto, a primeira queda desde janeiro

Varejo: as vendas caíram 0,2% no mês passado (David Gray/Reuters)

Varejo: as vendas caíram 0,2% no mês passado (David Gray/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de setembro de 2017 às 11h17.

Washington - As vendas no varejo dos Estados Unidos caíram inesperadamente em agosto uma vez que o furacão Harvey provavelmente prejudicou as compras de veículos motorizados, sugerindo uma moderação nos gastos do consumidor no terceiro trimestre.

O Departamento de Comércio informou nesta sexta-feira que as vendas no varejo caíram 0,2 por cento no mês passado, a maior queda em seis meses.

Os dados para julho foram revisados para uma alta de 0,3 por cento, ante avanço de 0,6 por cento relatado anteriormente.

Os economistas entrevistados pela Reuters projetavam que as vendas no varejo avançariam 0,1 por cento.

As vendas de veículos motorizados caíram 1,6 por cento no mês passado, a maior queda desde janeiro, depois de ficarem estáveis em julho.

O Harvey, que atingiu o Texas na última semana de agosto e desencadeou inundações sem precedentes em Houston, provavelmente abalou as vendas de automóveis.

No entanto, as vendas de automóveis devem ser impulsionadas pela substituição dos veículos danificados pela inundação.

As vendas no varejo em geral cresceram 3,2 por cento em agosto ante o mesmo período do ano anterior, apontando para a força da demanda doméstica.

O furacão Harvey também atingiu a indústria, conforme dados do Federal Reserve nesta sexta-feira que apontaram que a produção industrial caiu 0,9 por cento em agosto, a primeira queda desde janeiro.

Os dados de julho foram revisados para cima para 0,4 por cento. O furacão Harvey fechou indústrias de petróleo, gás e químicas ao longo da Costa do Golfo e com o verão reduzindo a demanda por serviços públicos no leste, informou o banco central dos EUA.

Os economistas entrevistados pela Reuters esperavam uma alta de 0,1 por cento na produção industrial. A medida do banco central sobre o setor é composta por empresas de manufatura, mineração e eletricidade e gás.

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