Economia

Varejo cresce 0,2% em agosto, diz IBGE

Informática, moda e cosméticos puxamo resultado positivo

Publicado em 15 de outubro de 2025 às 11h09.

As vendas do comércio varejista brasileiro registraram uma alta de 0,2% em agosto, em comparação com julho, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira, 15.

O resultado interrompe uma sequência de quatro meses negativos e mantém o setor em terreno positivo pelo quinto mês consecutivo em relação a 2024, com crescimento de 0,4%.

No acumulado do ano, o varejo avança 1,6%, enquanto em 12 meses aumentou 2,2 — menor desde janeiro.

Apesar da desaceração, este é o 35º resultado positivo consecutivo na base de comparação. O último mês com retração aconteceu em setembro de 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

De acordo com o gerente da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), Cristiano Santos, o desempenho reflete uma base ainda elevada. “Temos que lembrar que são cinco meses consecutivos com variações muito baixas, muito próximas de zero, tanto pra cima quanto pra baixo. O que muda é que a sequência de quatro variações pequenas, mas com viés de baixa, já estava fazendo uma diferença para o pico da série de março. Com a entrada de agosto, essa diferença para de aumentar”, afirmou.

Informática, vestuário e cosméticos puxam o resultado positivo

Cinco dos oito setores pesquisados apresentaram um avanço entre julho e agosto . O destaque, segundo o IBGE, fica com equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%), seguido por tecidos, vestuário e calçados (1,0%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%).

“Os produtos de informática tiveram forte influência do dólar, em franca desvalorização em agosto”, afirmou Santos. Ele disse, ainda, que o setor de vestuário se recuperou após queda em julho, enquanto o de perfumaria mantém crescimento há dois meses, impulsionado por produtos de higiene e cosméticos.

Os setores de móveis e eletrodomésticos (0,4%) e hiper e supermercados (0,4%) também contribuíram positivamente. Em contrapartida, livros e papelaria (-2,1%), combustíveis (-0,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%) recuaram no período.

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