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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
O custo total estimado pelo governo para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), foi elevado em relação aos R$ 16 bilhões previstos inicialmente. Mas, segundo uma fonte que teve ontem acesso à revisão dos cálculos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o novo valor não é superior a R$ 20 bilhões.
Nos bastidores, as empresas que estão interessadas em participar do leilão vinham criticando os R$ 16 bilhões calculados inicialmente pela EPE por considerarem a estimativa muito baixa. Entre os executivos das empresas, a expectativa é de que a complexidade da obra - que exigirá, até mesmo, a construção de canais artificiais - possa custar cerca de R$ 30 bilhões. Mas há especialistas que avaliam que o valor correto ficaria entre os R$ 16 bilhões iniciais do governo e os R$ 30 bilhões do mercado.
Segundo fonte da área de energia do governo, chegou-se a calcular que o preço final da usina ficaria entre R$ 19 bilhões e R$ 22 bilhões. A revisão do valor da obra também deve ter levado ao aumento do preço-teto da energia da Belo Monte, inicialmente calculado em R$ 68 por megawatt-hora. Pelos critérios do leilão, obterá o direito de construir e operar a usina de 11,2 mil MW o consórcio que se dispuser a vender a energia pelo menor preço, abaixo do teto previamente estipulado.
O TCU precisa agora aprovar essa revisão, o que não deve demorar segundo um ministro do tribunal, uma vez que a metodologia do cálculo já havia sido avalizada pelo tribunal. Depois disso, caberá à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovar o edital e marcar a data do leilão. O governo pretende realizar a licitação em abril. Pelas regras do setor, é preciso haver um intervalo de 30 dias entre a publicação do edital e o leilão.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo