(Hollie Adams/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de janeiro de 2021 às 13h47.
Ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak afirmou nesta segunda-feira, 11, que as vacinas contra a covid-19 são "uma esperança", mas alertou que a economia do país "ficará pior antes de melhorar". A declaração foi feita no Parlamento londrino, no momento em que o Reino Unido enfrenta nova onda do vírus, com uma cepa mais contagiosa circulando, o que levou a novas restrições à circulação para conter o quadro.
"Embora a vacina dê esperança, a economia ficará pior antes de melhorar. Muitas pessoas estão perdendo seus empregos, as empresas estão lutando, nossas finanças públicas foram bastante prejudicadas e precisarão de reparos", analisou Sunak. "O caminho pela frente será duro", advertiu. Sunak defendeu que sejam tomadas decisões "difíceis", mas melhores para o país no longo prazo, sem detalhar a estratégia.
Ele ainda destacou o apoio que tem sido oferecido pelo governo local e afirmou esperar que o país supere o quadro.
Sete grandes centros de vacinação contra o coronavírus abriram suas portas na Inglaterra nesta segunda-feira (11), como parte dos esforços para vacinar milhões de pessoas em um mês e combater a disseminação da nova cepa que ameaça sobrecarregar os hospitais.
Montados em estádios de futebol e em uma pista de corrida de cavalos, os centros estão localizados em cidades como Londres, Bristol, Newcastle e Manchester.
Cada um deles deve vacinar milhares de pessoas por semana. Novas instalações serão adicionadas em breve, incluindo farmácias, que começarão a oferecer a vacina ainda esta semana.
O governo de Boris Johnson espera receber doses suficientes para mais de 12 milhões dos 56 milhões de ingleses até meados de fevereiro.
Começando com as pessoas com mais de 80 anos de idade e com os profissionais da saúde, mais de 1,2 milhão de pessoas já foram vacinadas na Inglaterra, e mais de 1,5 milhão, em todo Reino Unido.
"Mobilizamos o governo, o serviço público de saúde e os militares como parte de um grande esforço nacional", disse o ministro da Saúde, Matt Hancock.
O Reino Unido tem enfrentado uma onda avassaladora de infecções desde a descoberta, em dezembro, de uma nova cepa de coronavírus, aparentemente muito mais transmissível do que as anteriores.
Os hospitais estão à beira da saturação, e as quatro nações que compõem o país - Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte - se encontram em confinamento total pela terceira vez.
País mais atingido na Europa pelo coronavírus, o Reino Unido registrou um recorde de 1.325 mortes em 24 horas na última sexta-feira (8) e, no sábado (9), passou dos 80.000 óbitos e três milhões de casos confirmados desde o início da pandemia.