Economia

UTC Participações elege Petrobras como "algoz"

A afirmação se refere ao fato de a estatal ter bloqueado o pagamento da manutenção de 12 plataformas na Bacia de Campos, no valor de R$ 20,9 milhões

UTC: tinha a Petrobras como sua principal cliente (foto/Divulgação)

UTC: tinha a Petrobras como sua principal cliente (foto/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de julho de 2017 às 10h23.

São Paulo - Além de citar os motivos de praxe para seu pedido de recuperação judicial - crise econômica, dificuldade para conseguir crédito e alto nível de endividamento -, a UTC Participações também responsabilizou a Petrobras por sua situação.

Em documento entregue à Justiça, os advogados da empreiteira afirmam que "as requeridas (UTC), após o colapso de sua operação em Macaé/RJ, por culpa única e exclusiva da Petrobras, não tiveram outra saída senão o presente pedido de recuperação judicial".

A afirmação se refere ao fato de a estatal ter bloqueado o pagamento da manutenção de 12 plataformas na Bacia de Campos, no valor de R$ 20,9 milhões. A retenção dos recursos ocorreu porque a Petrobras considerou que serviços prestados pela UTC no Rio Grande do Sul foram falhos. A briga entre as empresas resultou na demissão de 4 mil funcionários da empreiteira na semana passada.

Alvo da Lava Jato, a UTC tinha na petroleira sua principal cliente e esperava assinar aditivos aos contratos que já tinha com a petroleira para continuar operando e gerando receita. A Petrobras, porém, desistiu de renovar os contratos. Procurada, a estatal informou não ter sido notificada sobre a recuperação da UTC e afirmou que ainda "avaliará o conteúdo do pedido e tomará as medidas cabíveis na defesa dos seus interesses".

Acompanhe tudo sobre:Operação Lava JatoPetrobrasRio de JaneiroUTC

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs