Economia

Acordo do Mercosul com a UE pode ter distintas velocidades

Embaixador da Argentina no Uruguai, Dante Dovena, mostrou sua rejeição ao aspecto tarifário colocado no acordo do Mercosul com a UE


	Embaixador da Argentina no Uruguai, Dante Dovena, mostrou sua rejeição ao aspecto tarifário colocado no acordo do Mercosul com a UE
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Embaixador da Argentina no Uruguai, Dante Dovena, mostrou sua rejeição ao aspecto tarifário colocado no acordo do Mercosul com a UE (.)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2015 às 14h20.

Montevidéu - O chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novia, disse nesta segunda-feira que o acordo do Mercosul com a União Europeia (UE) poderia ser assinado "com distintas velocidades", perante a relutância mostrada pela Argentina em aceitar alguns pontos do convênio.

"Sempre houve sensibilidade sobre algumas coisas. Me parece que é possível assinar esse acordo com distintas velocidades se a Argentina suspender moratórias de dois anos para a entrada em vigência do tratado", disse o chanceler em entrevista à emissora uruguaia "Rádio Monte Carlo".

Por sua vez, o embaixador da Argentina no Uruguai, Dante Dovena, mostrou sua rejeição ao aspecto tarifário colocado no acordo do Mercosul com a UE, também em declarações a essa mesma rádio.

"Isso é o que não vamos fazer, assinar um convênio no qual sejamos absolutamente permeáveis a toda a indústria europeia e não possamos fazer absolutamente nada para fora, isso não vamos aceitar", disse Dovena.

O embaixador argentino no Uruguai disse que "decidir as coisas juntos entre os cinco países é o melhor e todos buscam a unidade do Mercosul", e "decidir cada um por sua própria conta é a desunião e a desunião nunca" "vai nos beneficiar".

Dovena indicou que a Argentina não decidiu não assinar, mas "quer assinar junto com os outros países".

"A Argentina não estar de acordo com algumas das questões não quer dizer que não queira assinar", continuou.

O diplomata explicou que a razão pela qual a Argentina estende os prazos da negociação é que "é preciso ter muitíssimo cuidado" com estas decisões porque "afetam muitas pessoas quando são tomadas de forma errada".

Além disso, Dovena observou que a UE sempre quis fechar acordos a favor "somente" de seus países-membros.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff e seu colega uruguaio, Tabaré Vázquez, acordaram em reunião em Brasília que a negociação de um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a UE, estagnado após uma década, pode ser reanimado se o bloco liberar seus membros para avançar a ritmos diferentes.

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