Eletrobras: "A modelagem está 90 por cento fechada", disse o ministro (Nadia Sussman/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 20 de setembro de 2017 às 14h39.
Nova York - A União deverá ficar com menos de 50 por cento de participação na Eletrobras após a desestatização, mas ainda assim poderá deter mais de 40 por cento na companhia depois de concluído o processo, disse à Reuters o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.
Ele disse ainda que a modelagem da privatização da Eletrobras será fechada na próxima semana em uma reunião entre o presidente Michel Temer e os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira.
"A modelagem está 90 por cento fechada. Tem 10 por cento que aí tem que sentar com o presidente para definir", disse Coelho Filho, em uma entrevista após um seminário de investidores em Nova York.
Durante sua fala no evento, o ministro afirmou que o governo espera que a Eletrobras passe a valer entre 80 e 90 bilhões de reais depois de finalizado o processo de privatização, e a ideia é que a União ficará com menos de 50 por cento das ações.
À Reuters, o ministro explicou que ainda não há uma definição exata de qual será essa fatia, que poderá ficar acima de 40 por cento, mas inferior aos 50 por cento.
"Isso (abaixo de 50 por cento) é o que estamos trabalhando. O percentual é uma decisão de governo que só deve ser tomada depois", disse Coelho.