Economia

União Europeia reduz estimativa de crescimento da zona do euro em 2022

Em suas projeções econômicas regulares, o braço executivo da UE disse que o Produto Interno Bruto dos 19 países que usam o euro crescerá 4,0% este ano e 2,7% em 2023

Bandeiras da UNião Europeia em Bruxelas
24/3/2021 REUTERS/Yves Herman (Yves Herman/Reuters)

Bandeiras da UNião Europeia em Bruxelas 24/3/2021 REUTERS/Yves Herman (Yves Herman/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 09h42.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2022 às 10h01.

O crescimento econômico da zona do euro neste ano será mais lento do que o esperado antes devido a uma nova onda de infecções por covid-19, preços altos da energia e problemas contínuos no lado da oferta, enquanto a inflação ficará muito mais elevada, disse a Comissão Europeia.

Em suas projeções econômicas regulares, o braço executivo da UE disse que o Produto Interno Bruto dos 19 países que usam o euro crescerá 4,0% este ano e 2,7% em 2023.

A estimativa representa um corte em comparação com novembro, quando a Comissão projetou expansão de 4,3% em 2022 e 2,4% em 2023, e está perto da visão do Fundo Monetário Internacional, que prevê crescimento de 3,9% este ano e de 2,5% em 2023.

"Obstáculos múltiplos esfriaram a economia da Europa: a rápida disseminação da Ômicron, nova alta da inflação devido ao aumento dos preços de energia e interrupções persistentes na cadeia de oferta", disse o Comissário Econômico Europeu, Paolo Gentiloni.

"Com a expectativa de que esses obstáculos diminuam progressivamente, projetamos que o crescimento vai acelerar de novo."

A Comissão projeta que a inflação este ano será de 3,5%, bem acima da meta de 2,0% do Banco Central Europeu e muito acima de sua própria projeção de novembro de 2,2%. Também é uma estimativa mais pessimista do que a do BCE em dezembro, quando o banco projetou inflação de 3,2% este ano.

Preocupado com a duração maior do que o esperado do aumento nos preços ao consumidor, o BCE adotou um tom mais duro com a inflação e começou a preparar os mercados para o fim de seu estímulo não convencional, com alguns membros da diretoria pedindo aumento dos juros já este ano.

Mas a Comissão, como o FMI, projeta que a inflação vai desacelerar de novo no próximo ano para 1,7%, abaixo da meta do BCE, de forma que um potencial aumento dos juros aconteceria exatamente quando a alta dos preços desacelerasse de novo. Em dezembro, o BCE projetou inflação de 1,8% para 2023.

"As pressões de preços devem permanecer fortes até o verão (do hemisfério Norte), e depois a inflação deve cair conforme se modera o aumento dos preços de energia e os gargalos de oferta diminuem. Entretanto, a incerteza e os riscos permanecem altos", disse Gentiloni.

Acompanhe tudo sobre:EuropaPIBUnião EuropeiaZona do Euro

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs