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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.
A União Europeia está pressionando a Grécia para, urgentemente, adotar medidas adicionais de austeridade, equivalentes a 4 bilhões de euros. As ações serviriam para que o país atingisse seu objetivo de cortar o déficit do orçamento em quatro pontos porcentuais este ano, disse hoje uma autoridade do governo grego.
Autoridades da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) estiveram em Atenas esta semana, para avaliar o andamento de cortes no deficitário orçamento grego. "Os inspetores foram embora ontem à noite. O pacote final será discutido com (o comissário de Assuntos Econômicos Europeu) Alli Rehn, que ficará no país até a segunda-feira. É provável que (o pacote final) seja divulgado na mesma semana", afirmou a autoridade do governo grego.
A Comissão Europeia e os ministros das finanças da União Europeia deram à Grécia um prazo até 16 de março para apresentar planos de corte de seu déficit orçamentário. A Grécia está sob intensa pressão da União Europeia e dos mercados financeiros para reduzir o déficit de seu orçamento, estimado em 12,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, quatro vezes superior ao limite previsto pela União Europeia.
O governo socialista prometeu cortar o déficit para 8,7% do PIB este ano e para abaixo do limite de 3% da União Europeia até 2012. Para atingir o objetivo, o governo anunciou uma série de cortes de gastos e aumento de impostos, prevendo, com isso, promover economia de 8 bilhões de euros a 10 bilhões de euros e receitas adicionais.
Até agora, as medidas incluem congelamento dos salários dos servidores e corte, em média, de 10% dos benefícios do setor público, além de aumento dos impostos sobre combustíveis e ajustes nos impostos de certas categorias profissionais que pagavam menos do que o justo.
A Grécia também está avaliando o aumento adicional nos impostos sobre combustíveis, enquanto a União Europeia pediu ao governo que corte de um dos dois meses extras de pagamento aos servidores públicos que recebam salário por mais de 12 meses ao ano. O governo resiste a essa ideia.
As informações são da Dow Jones