Economia

União deve obter R$ 18 bilhões com capitalização da Eletrobras

Emissão de novas ações, reduzindo controle estatal, deve ser modelo escolhido para privatização da Eletrobras

Modelo de capitalização da estatal deverá ser levado ao presidente Jair Bolsonaro para uma decisão final em até duas semanas (Dado Galdieri/Bloomberg)

Modelo de capitalização da estatal deverá ser levado ao presidente Jair Bolsonaro para uma decisão final em até duas semanas (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 11 de julho de 2019 às 09h43.

Última atualização em 11 de julho de 2019 às 09h48.

São Paulo — O governo deve arrecadar cerca de R$ 18 bilhões com o processo de capitalização da Eletrobras. Os recursos serão obtidos por meio da emissão de novas ações da companhia, que poderá movimentar entre R$ 30 bilhões e R$ 36 bilhões no total, segundo o ministro, com parte dos valores sendo destinados a pagar um bônus de outorga à União em troca da renovação em condições mais favoráveis de concessões da companhia.

Em entrevista à GloboNews, ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o modelo de capitalização da estatal deverá ser levado ao presidente Jair Bolsonaro para uma decisão final em até duas semanas.

"Esse modelo nós estamos ainda finalizando. Eu e o ministro (da Economia) Paulo Guedes pretendemos apresentar isso para o presidente Bolsonaro na próxima semana ou na outra, para que ele aprove o modelo que vai ser encaminhado ao Congresso Nacional para apreciação", disse.

Albuquerque, que é almirante da Marinha, disse também não ter oposição à desestatização da Eletrobras em meio à capitalização.

"Eu acho que pode, e até teve, num momento passado, a importância de termos empresas estatais, mas hoje em dia eu não vejo nenhum sentido em, por exemplo, a Eletrobras ser uma empresa estatal", afirmou.

Segundo o ministro, "não vão faltar interessados" em comprar ações da companhia na capitalização, mas haverá um limite para a fatia que os investidores poderão comprar em papéis, de forma a evitar que uma empresa possa controlar a elétrica, que se transformará em uma corporação, sem controlador definido.

"Esse é o modelo mais aplicado hoje no mundo, 70% das empresas desse porte da Eletrobras no mundo são 'corporations', são empresas que foram capitalizadas e que o Estado tem uma participação", disse.

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