Economia

Uma conversa franca de banco central para banco central

ÀS SETE - Nesta terça-feira, líderes de BCs se reúnem para discutir qual a melhor maneira de falar de suas políticas e como os bancos deveriam se posicionar

BCE: Banco Central Europeu

BCE: Banco Central Europeu

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 06h39.

Última atualização em 14 de novembro de 2017 às 07h13.

Os presidentes dos principais bancos centrais do mundo se reúnem hoje em Frankfurt, na Alemanha, para discutir um assunto diferente da tradicional política monetária: comunicação. Janet Yellen, do Fed, o banco central norte-americano; Mario Draghi, do Banco Central Europeu (BCE); Haruhiko Kuroda, do Banco do Japão; e Mark Carney, do Banco da Inglaterra, se reúnem para discutir qual é a melhor maneira de falar de suas políticas e como os bancos centrais deveriam se posicionar.

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A crise econômica de 2008 forçou os reguladores a baixar as taxas de juros aos menores níveis históricos e a promover grandes programas de compras de ativos. É esperado que nesses países os juros continuem muito baixo pelos próximos anos, senão por pelo menos uma década.

Na Inglaterra eles foram elevados para 0,5% este ano, depois de 10 anos sem aumentos. No Japão, a taxa é de -0,1% desde o início de 2016. Nos Estados Unidos só recentemente altas começaram a acontecer, mas os juros ainda estão entre 1,25% e 1,5%.

Nesse cenário, as promessas de políticas monetárias futuras, e os discursos dos economistas, afetam o mercado de maneira mais incisiva. Assim é necessário que os presidentes dessas instituições tomem diretrizes sobre a melhor maneira de discutir publicamente suas ações.

Parte do problema é que os bancos centrais falam demais: os diretores do Fed se pronunciam quase que diariamente, Kuroda dá discursos frequentes e os 25 membros do BCE às vezes entram até em contradição com a política adotada pelo banco.

Na semana passada, oito diretores do BCE falaram publicamente, mesmo não havendo nenhum evento no calendário. Segundo uma pesquisa do instituto Brookings nos Estados Unidos, dois terços de economistas e analistas que acompanham o trabalho do Fed gostariam que os diretores falassem menos e que Yellen falasse mais, para definir diretrizes mais claras.

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