Economia

UE quer regras mais rígidas para mercado monetário

As novas regras vão além das exigências estipuladas pela CVM norte-americana e já receberam veemente resistência do setor


	Moedas de euro sobre a bandeira da União Europeia: a UE quer que todos os fundos baseados na Europa façam reservas relativas a pelo menos 3% dos seus ativos 
 (©afp.com / Philippe Huguen)

Moedas de euro sobre a bandeira da União Europeia: a UE quer que todos os fundos baseados na Europa façam reservas relativas a pelo menos 3% dos seus ativos  (©afp.com / Philippe Huguen)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 11h10.

Bruxelas - A União Europeia propôs nesta quarta-feira novas e rígidas regras para fundos do mercado monetário que vão além das exigências estipuladas pela Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM norte-americana) e que já receberem veemente resistência do setor.

A UE quer que todos os fundos baseados na Europa façam reservas relativas a pelo menos 3% dos seus ativos para gerenciar e absorver possíveis perdas.

A proposta também define exigências mínimas para ativos líquidos, com 10% deles vencendo diariamente e outros 20% semanalmente, e limita os tipos de investimentos dos quais esses fundos podem participar.

Nas últimas décadas, os fundos do mercado monetário se tornaram players fundamentais do sistema financeiro global. Eles detêm grande parte da dívida de curto prazo de governos e bancos e muitas companhias e investidores institucionais os veem como uma alternativa mais lucrativa em relação aos depósitos de bancos regulares.

Muitos fundos prometem aos investidores que o valor de suas ações permanecerá constante, permitindo que eles retirem dinheiro de forma imediata e com pouco risco.

Mas a Comissão Europeia - braço executivo da UE - e outros reguladores acreditam que essa promessa de segurança é enganosa, especialmente porque muitos dos ativos nos quais esses fundos tradicionalmente investem, como dívidas bancárias de curto prazo, estão se tornando mais arriscados na medida em que novas regras bancárias entram em vigor.

A UE também teme que a súbita perda de confiança nesses fundos possa levar os investidores a retirarem dinheiro e congelarem os fluxos financeiros globais, como ocorreu após o colapso do Lehman Brothers. Fonte: Dow Jones Newswires.

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