Economia

UE quer que acionistas votem sobre salários de executivos

Informações sobre esse plano da União Europeia são do Financial Times

A iniciativa também prevê que os investidores bancários possam fixar um limite sobre as bonificações destinadas aos altos executivos (Thomas Coex/AFP)

A iniciativa também prevê que os investidores bancários possam fixar um limite sobre as bonificações destinadas aos altos executivos (Thomas Coex/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2012 às 07h15.

Londres - Um plano estudado pelas autoridades da União Europeia (UE) pode dar aos acionistas das principais empresas europeias a chance de votar sobre os salários dos executivos, informa nesta quarta-feira o periódico britânico Financial Times (FT).

A iniciativa também prevê que os investidores bancários possam fixar um limite sobre as bonificações destinadas aos altos executivos, acrescenta o diário.

Trata-se de um plano do comissário europeu de Serviços Financeiros, Michel Barnier, que procura dar aos investidores o poder de limitar pagamentos que 'moralmente' não podem ser aceitos e evitar uma grande disparidade entre os salários mais altos e os mais baixos.

Em declarações ao diário econômico, Barnier se referiu ao descontentamento pelos altos salários de executivos de bancos como o Barclays.

"Presto muita atenção a este movimento, que eu vejo muito positivo. Isso vai ao encontro do que estive fazendo nos últimos dois anos. Necessitamos aplicar transparência e responsabilidade em todas as partes", disse Barnier.

Esses planos de reforma serão divulgados no último trimestre deste ano, uma vez que tenham sido aprovados pelos outros comissários da UE, afirma o FT.

Só países como Holanda, Noruega e Suécia facultam aos acionistas o poder legal para rejeitar os pagamentos aos executivos, acrescenta o diário.

Pelas propostas de Barnier, os acionistas deveriam votar para fixar um teto sobre as gratificações, assim como a percentagem de diferença entre os que ganham menos e os que ganham mais.

O FT especifica, no entanto, que ainda há pontos importantes do plano que não estão decididos e que, para que entrem em vigor, devem ser apoiados pelos países da UE e o Parlamento europeu.

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