Economia

UE quer mais clareza dos EUA sobre novas tarifas

A UE tenta convencer os EUA a lhe conceder uma isenção das tarifas de 25% sobre as importações de aço e de 10% às de alumínio

Trump: "Não houve clareza imediata no procedimento exato dos EUA para estar isento das medidas anunciadas" (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: "Não houve clareza imediata no procedimento exato dos EUA para estar isento das medidas anunciadas" (Kevin Lamarque/Reuters)

E

EFE

Publicado em 10 de março de 2018 às 15h47.

Bruxelas - A comissária europeia de Comércio, Cecilia Mälmstrom, disse neste sábado que a União Europeia (UE) continua sem saber o processo de isenção de tarifas dos Estados Unidos sobre os metais e que continuará negociando na próxima semana.

"Não houve clareza imediata no procedimento exato dos EUA para estar isento das medidas anunciadas, portanto as discussões continuarão na semana que vem", afirmou em mensagem no Twitter Cecilia, que se reuniu hoje com o responsável americano de Comércio Exterior, Robert Lighthizer.

A UE tenta convencer os EUA a lhe conceder uma isenção das tarifas de 25% sobre as importações de aço e de 10% às de alumínio, assinadas nesta semana pelo presidente americano, Donald Trump, e que entrarão em vigor dentro de duas semanas e das quais só estão isentos México e Canadá por enquanto.

"Tive uma discussão franca com a parte americana sobre o grave assunto pendente das tarifas sobre o aço e o alumínio", afirmou a comissária após o encontro, do qual também participou o ministro de Economia, Indústria e Comércio do Japão, Hiroshige Seiko.

A UE considera que, dada a "estreita relação de sociedade em segurança e comércio" que tem com os EUA, deveria se beneficiar de uma isenção, disse Cecilia.

Trump afirmou que poderia considerar novas exceções para os países "amigos a sério" e anunciou ontem que está sendo estudada a possibilidade de eximir a Austrália em troca de um "pacto de segurança".

A UE, por sua vez, manifestou que não fará concessões comerciais nem de outro tipo para conseguir isso e advertiu que, se as tarifas forem adiante, está pronta para responder em menos de 90 dias, com suas próprias tarifas e salvaguardas e um recurso na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Calcula-se que o impacto das tarifas será de 2,8 bilhões de euros para os exportadores europeus, uma quantia que Bruxelas utiliza para calcular o impacto de sua reposta.

Acompanhe tudo sobre:acoComércio exteriorEstados Unidos (EUA)ProtecionismoUnião Europeia

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE