Economia

UE quer implementar plano de mercado de capitais antes de Brexit

O Reino Unido deve deixar o bloco europeu em março de 2019 e a relação futura entre o setor de serviços financeiros e a UE ainda não está clara

União Europeia: estabeleceu os seus mais recentes planos para um "sindicato de mercados de capitais", um projeto inicialmente focado na redução da forte dependência do financiamento empresarial em empréstimos bancários (Philippe Huguen/AFP)

União Europeia: estabeleceu os seus mais recentes planos para um "sindicato de mercados de capitais", um projeto inicialmente focado na redução da forte dependência do financiamento empresarial em empréstimos bancários (Philippe Huguen/AFP)

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Reuters

Publicado em 12 de março de 2018 às 15h46.

Londeres - A União Europeia intensificou esforços nesta segunda-feira para criar um mercado de capitais mais unificado e mais barato no próximo ano, quando enfrenta o desembarque do Reino Unido, o maior centro financeiro do bloco.

A Comissão Europeia, órgão executivo da UE, estabeleceu os seus mais recentes planos para um "sindicato de mercados de capitais", um projeto inicialmente focado na redução da forte dependência do financiamento empresarial em empréstimos bancários, mas agora pressionado pelo Brexit, como é conhecida a saída do Reino Unido do bloco.

"No momento em que o Brexit acontecer, as condições prévias para um verdadeiro mercado único de capital precisam estar em vigor", disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, em entrevista coletiva.

É fundamental que os estados do bloco e o Parlamento Europeu estejam com todas as medidas "além da linha de chegada" antes das eleições para a assembléia da UE no próximo ano, disse Dombrovksis.

Muitas empresas europeias continentais e fundos de capital aberto utilizam bancos e gerentes de ativos em Londres. O Reino Unido deve deixar o bloco europeu em março de 2019 e a relação futura entre o setor de serviços financeiros e a UE ainda não está clara.

As mais recentes propostas da União Europeia incluem regras comuns para o mercado de títulos cobertos, um setor de 2,1 trilhões de euros, cujo papel de financiamento em países como a Alemanha e a Dinamarca o bloco quer replicar de forma mais ampla.

O executivo da UE agora propôs 12 medidas para criar uma sindicato de mercados de capitais, mas apenas três foram adotadas, levando um legislador do bloco a prever que o projeto poderia afundar.

 

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