Símbolo do euro próximo à sede do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt, Alemanha (REUTERS/Ralph Orlowski)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 09h31.
Bruxelas - Os países membros da União Europeia precisam fazer uma reforma radical em seus sistemas previdenciários e controlar suas dívidas, segundo relatório divulgado nesta terça-feira por especialistas europeus. O documento estima que a dívida de metade das 27 nações que compõem a UE será equivalente a mais de 60% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. O relatório também destaca que Espanha e Chipre vão enfrentar um "estresse financeiro" no futuro próximo, já a partir do ano que vem.
Analistas da Comissão Europeia (CE) definem "sustentabilidade da dívida" como a capacidade de um país de financiar sua dívida no futuro. Desde o início da crise fiscal da zona do euro, a questão da dívida se tornou um problema central, com os países do bloco lutando para reduzir gastos e empréstimos.
"A deterioração nas posições fiscais e o aumento das dívidas federais desde 2008/2009, combinada com a projetada transição demográfica devido ao envelhecimento da população, torna a sustentabilidade fiscal um agudo desafio de política", comentou a CE.
O documento, que faz uma análise profunda sobre o endividamento na UE, prevê que a relação dívida/PIB ultrapassará 100% na Bélgica, Espanha, Itália e Chipre em 2020. Entre países que não pertencem à zona do euro, o Reino Unido deverá ter uma relação dívida/PIB de 102% em 2020, alcançando 127% em 2030, de acordo com o relatório.
A projeção para a Grécia, que não está incluída no documento, é de que a dívida local chegue a 174% do PIB no ano que vem. As informações são da Dow Jones.