Economia

UE nega acordo entre Grécia e credores

O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, também negou o acordo


	Bandeira da Grécia iluminada pelo sol: a Grécia anunciou, nesta quarta-feira, que obteve um prazo adicional de dois anos para seu ajuste orçamentário
 (stock.XCHNG)

Bandeira da Grécia iluminada pelo sol: a Grécia anunciou, nesta quarta-feira, que obteve um prazo adicional de dois anos para seu ajuste orçamentário (stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2012 às 14h23.

Bruxelas - A União Europeia (UE) negou nesta quarta-feira que tenha havido acordo entre a Grécia e seus credores, pouco depois de o governo grego afirmar que tinha obtido junto à troika (BCE, FMI e UE) um prazo adicional de dois anos para cumprir seu ajuste orçamentário.

"As negociações com a Grécia avançaram significativamente, mas ainda restam assuntos para serem resolvidos antes que o acordo seja alcançado", disse o porta-voz comunitário, Simon O'Connor em sua conta no twitter.

O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, também negou o acordo.

"A análise ainda não terminou. Entendo que houve avanços, mas ainda faltam coisas a serem determinadas", declarou Draghi durante uma rápida coletiva de imprensa no Bundestag (Parlamento alemão) em Berlim.

A Grécia anunciou, nesta quarta-feira, que obteve um prazo adicional de dois anos para seu ajuste orçamentário. Dessa forma, o país teria até 2016, ao invés de 2014, para reduzir seu déficit orçamentário de 9,4% do PIB no final de 2011 a menos de 3%.

"O pacote de novas economias foi completado e obtivemos um prazo para o ajuste orçamentário", afirmou o ministro grego de Finanças, Yannis Strournaras, ao parlamento. Segundo uma fonte ministerial esse prazo é de dois anos, como havia pedido o governo grego.

Em troca desse novo prazo, Stournaras disse ter negociado um projeto de acordo com o trio de credores que prevê um novo ajuste orçamentário de 13,5 bilhões de euros em dois anos, a maioria dos quais será aplicado em 2013 para poder ter acesso a uma parcela vital da ajuda de 31,5 bilhões de euros da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.

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