Economia

UE inicia acordo para sancionar banco central iraniano

Bloco quer impedir que banco use verbas para financiar o programa nuclear do país

Reator nuclear iraniano: UE quer impedir a continuação do programa (Getty Images)

Reator nuclear iraniano: UE quer impedir a continuação do programa (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 19h18.

Bruxelas - Os países da União Europeia (UE) chegaram nesta quinta-feira a um princípio de acordo para congelar boa parte dos ativos do banco central iraniano a fim de impedir Teerã de financiar seu programa nuclear com esses recursos.

O texto não prevê um congelamento completo dos ativos do banco central iraniano, mas parcial, dado que inclui uma provisão para permitir que 'o comércio legítimo' continue, e para que a dívida iraniana pendente possa ser paga aos países europeus, informaram à Agência Efe fontes diplomáticas.

Os embaixadores dos 27 países-membros do bloco reunidos nesta quinta-feira nem chegaram a discutir esta parte das sanções que a UE pretende impor ao Irã, o que sinaliza que não há divergências sobre o texto e que, portanto, ele já estaria concluído, embora ainda tenha de ser aprovado pelo conselho de ministros das Relações Exteriores na segunda-feira.

Segundo as fontes, a UE busca congelar ativos do banco central iraniano para evitar que a entidade persa 'saque recursos da Europa' para financiar o programa nuclear de Teerã.

Os países-membros permitirão, no entanto, a continuidade das transações legítimas em áreas consideradas não perigosas ou beneficentes para a população iraniana. Outro motivo para não congelar todos os ativos do banco central é permitir que o Irã pague suas dívidas aos países europeus.

Os países da União Europeia ainda não concluíram totalmente os detalhes do embargo às importações de produtos petrolíferos iranianos - os 27 membros do bloco buscam aprovar a imposição de um embargo que se tornaria efetivo até julho, mas ainda há divergências entre os países.

Países como Grécia e Itália - junto a Espanha, os mais dependentes do petróleo iraniano - defenderam um período de transição mais amplo, enquanto outros desejam aplicar o embargo rapidamente. 

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