Economia

UE e FMI pressionam Grécia por reformas antes de resgate

Autoridades pedem que o país aprove mais cortes de orçamento e medidas de austeridade econômica

A UE e o FMI também estão pressionando a Grécia a adotar uma reforma já atrasada de pensões suplementares (Sean Gallup/Getty Images)

A UE e o FMI também estão pressionando a Grécia a adotar uma reforma já atrasada de pensões suplementares (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 09h35.

Atenas - A União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) querem que a Grécia aprove cortes no orçamento e implemente uma série de reformas de austeridade a longo prazo antes de decidirem sobre o novo resgate que o país precisa para evitar sua quebra, mostra um documento obtido pela Reuters.

Todos os olhos têm se voltado para as tortuosas negociações de swap de dívida em Atenas com seus credores privados durante esta semana, mas a Grécia também precisa convencer seus parceiros da zona do euro e o FMI a liberar o pacote de 130 bilhões de euros para evitar um default caótico.

A UE, o FMI e o BCE - conhecidos como Troika - estão fazendo um documento nesta semana que inclui uma lista de medidas que eles querem ver estabelecidas por Atenas.

No topo da lista está a aprovação de um orçamento suplementar com mais cortes para atingir a meta fiscal em 2012. A Troika sugere grandes cortes de gastos nos departamentos de Defesa e Saúde, assim como em redundantes entidades estatais. O documento não especifica a quantidade de cortes necessários.

A UE e o FMI também estão pressionando a Grécia a adotar uma reforma já atrasada de pensões suplementares, garantir um plano para repor apenas 1 de cada 5 funcionários públicos que deixarem a força de trabalho. Além disso, eles querem que a Grécia finalize a abertura de muitas profissões fechadas, como advogados e farmacêuticos, algo que eles vêm pedindo há anos, mostra o documento.

Eles pedem ainda que o Banco da Grécia (banco central) complete sua avaliação sobre o rombo de capital nos bancos do país e esperam que o governo implemente uma legislação para melhorar a flexibilidade salarial e liberar mais os mercados de produtos e serviços, diz o documento.

Ainda segundo o documento, a lista de medidas não é final e pode mudar após as discussões com as autoridades da Grécia.

O porta-voz do governo Pantelis Kapsis disse que o governo tentará negociar alguns dos pontos citados na lista, mas repetiu que Atenas precisa do empréstimo do resgate para continuar solvente.

Questionado se a Grécia daria calote sem a ajuda, ele disse: "É óbvio, se nós não conseguirmos o empréstimo, como vamos encontrar dinheiro?" Mas acrescentou: "Isso não é o que aprovaremos definitivamente, precisamos manter isso em mente. Trata-se de uma lista da Troika que dá abertura para todas essas questões ... Algumas delas são obrigações passadas, algumas estão de pé para negociações."

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