Economia

UE dirá ao G20 que vai resistir ao protecionismo, diz documento

Documento elaborado pelos ministros da UE expõe a posição de todas as delegações europeias para a reunião do G20 na Alemanha

União Europeia: documento sugere que os líderes financeiros do mundo poderiam não mais rejeitar explicitamente o protecionismo (Jon Nazca/Reuters)

União Europeia: documento sugere que os líderes financeiros do mundo poderiam não mais rejeitar explicitamente o protecionismo (Jon Nazca/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de março de 2017 às 11h15.

Bruxelas - Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) vão dizer na reunião do G20 desta semana que irão resistir ao protecionismo e que as regras financeiras adotadas após a crise de 2008 devem ser mantidas.

Um documento elaborado pelos ministros da UE, que parece endereçado aos Estados Unidos, expõe a posição de todas as delegações europeias para a reunião do G20 de ministros e autoridades de bancos centrais em Baden, na Alemanha, em 17 e 18 de março.

"Reafirmamos nosso compromisso de manter a economia global aberta, resistir ao protecionismo e manter a cooperação econômica global no caminho certo", diz o documento visto pela Reuters.

Um esboço de comunicado para a reunião do G20 sugeria, em 7 de março, que os líderes financeiros do mundo poderiam não mais rejeitar explicitamente o protecionismo, rompendo com uma tradição de uma década.

Em vez disso, na sequência da mudança de administração em Washington, eles podem prometer apenas manter um "sistema de comércio internacional aberto e justo", o que algumas autoridades consideram como uma maneira de acomodar as visões protecionistas do presidente dos EUA, Donald Trump.

O esboço do comunicado, no entanto, pode mudar substancialmente após as discussões em 17 e 18 de março, disseram autoridades do G20.

O documento dos ministros da União Europeia também parece argumentar contra os planos de Trump de reverter a legislação norte-americana, chamada de Lei Dodd-Frank, adotada para evitar outra crise do setor financeiro como a de 2008.

"Evitar uma reversão na agenda de regulação financeira é necessário", diz o documento.

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