Membros da Missão da União Africana na Somália (AMISON): Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2013 às 10h57.
Bruxelas - A União Europeia (UE) anunciou nesta segunda-feira que destinará 124 milhões de euros adicionais à Missão da União Africana na Somália (AMISON) para cobrir os custos das tropas, da polícia e do pessoal civil do operacional.
A nova ajuda, que também cobrirá as despesas de funcionamento da sede da AMISON em Nairóbi, tem o objetivo de ajudar a União Africana (UA) a cumprir o mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que, em março de 2007, fundou esta missão para dirigir as operações de paz no país.
"A Somália que vemos hoje demonstra o progresso que foi conquistado mediante ao forte compromisso de um país e seus parceiros para fazer frente à miséria da guerra civil e à pobreza", assegurou a alta representante da UE, Catherine Ashton, em comunicado.
Para a também vice-presidente da Comissão Europeia (CE), a missão da UA e as forças nacionais da Somália conseguiram, com ajuda da UE, "dar segurança" à Somália impulsionar a política no país e para permitir o início do "processo de reconciliação".
Por sua parte, o comissário europeu de Desenvolvimento, Andris Piebalgs, destacou o papel "essencial" da AMISON na Somália e assegurou que esta nova ajuda levará "mais segurança" à população do país, assinalou a CE em comunicado.
No próximo dia 16 de setembro, a União Europeia (UE) realizará uma conferência internacional de apoio à Somália, na qual, tal como lembrou alta representante da UE em sua declaração, será abordada um novo tratado sobre o futuro do país africano.
A Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991, quando foi o ditador Mohammed Siad Barre foi derrubado. Na ocasião, o país ficou sem governo efetivo e em mãos de milícias islamitas, senhores da guerra tribais e grupos armados.
No último dia 7 de setembro, o grupo Al Shabab, a milícia islâmica mais ativa e influente no país, perpetrou um duplo atentado que resultou na morte de 20 pessoas.
Uma semana antes, o presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, sobreviveu a um ataque contra seu comboio, perpetrado supostamente pelo mesmo grupo e que não causou vítimas.