Economia

UE corta projeções de crescimento e inflação na zona do euro

PIB da zona do euro crescerá 1,2% em 2019, projetou a Comissão Europeia, que antes previa alta de 1,3%

UE: Comissão Europeia cortou as projeções de crescimento econômico e inflação da zona do euro (Francois Lenoir/Reuters)

UE: Comissão Europeia cortou as projeções de crescimento econômico e inflação da zona do euro (Francois Lenoir/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de maio de 2019 às 11h13.

São Paulo — A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, cortou nesta terça-feira projeções de crescimento econômico e inflação da zona do euro, advertindo para riscos com o protecionismo, a disputa comercial entre Estados Unidos e China e também o processo de saída do Reino Unido da UE, o Brexit.

O PIB da zona do euro crescerá 1,2% em 2019, projetou a Comissão Europeia, que antes previa alta de 1,3%. Em 2020, o corte na previsão de crescimento foi de 1,6% a 1,5%. No caso da inflação, a expectativa de avanço de 1,8% para 2018 foi mantida, mas a de 2019 passou de 1,5% a 1,4%, mais distante da meta de quase 2% do Banco Central Europeu (BCE).

Maior economia do continente, a Alemanha deve crescer menos. Em 2019, a projeção para o crescimento do PIB do país passou de 1,1% para 0,5%, enquanto a de 2020 foi de 1,7% a 1,5%. Houve uma queda recente no consumo privado especialmente pronunciada na Alemanha, diz o documento.

A Comissão Europeia alertou para riscos negativos "proeminentes" à economia da zona do euro por medidas protecionistas. Para o bloco, o risco de mais medidas protecionistas dos EUA continua a estar presente, em particular sobre carros europeus. Além disso, o PIB global pode ser afetado se a economia chinesa tiver desaceleração maior do que a projetada, adverte.

No caso do Reino Unido, a Comissão Europeia volta a enfatizar que o maior risco seria uma saída da UE sem acordo, que prejudicaria o crescimento local, em particular no próprio país, mas também nas demais nações da UE, em menor grau. O quadro de indefinição pode ainda prejudicar o investimento no Reino Unido, ressalta o relatório do órgão europeu.

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