Economia

UE acorda novas exigências de capital aos bancos

O documento estabelece que os bancos deverão aumentar sua relação de fundos próprios dos 2% atuais para 7%

A ministra dinamarquesa de Finanças disse que o texto propicia "um sistema bancário mais sólido e robusto na Europa" (©AFP / Thierry Charlier)

A ministra dinamarquesa de Finanças disse que o texto propicia "um sistema bancário mais sólido e robusto na Europa" (©AFP / Thierry Charlier)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 16h24.

Bruxelas - Os ministros de Finanças da União Europeia acordaram nesta terça-feira por unanimidade um texto que reforça a capitalização dos bancos e que busca evitar que os contribuintes voltem a resgatar entidades em apuros.

A ministra dinamarquesa de Finanças, Margrethe Vestager, cujo país desempenha a presidência rotatória do bloco dos 27, disse que o texto propicia "um sistema bancário mais sólido e robusto na Europa", e que "será uma proteção crucial para o crescimento e o emprego na UE".

Seguindo o estipulado nas normas internacionais de Basilea III, o documento estabelece que os bancos deverão aumentar sua relação de fundos próprios dos 2% atuais para 7%. Em caso de forte risco, se os Estados consideram necessário, os bancos deverão acrescentar um colchão adicional de fundos próprios de 3%.

No dia 3 de maio, os 27 foram incapazes de entrar em acordo.

O Reino Unido, sede de 80% dos serviços financeiros da UE, pedia normas mais severas para evitar uma repetição do cenário de 2007-2008, quando teve que resgatar seus bancos com dinheiro público para salvá-los da quebra.

Os demais países, contudo, consideravam suficiente obrigar os bancos a manter uma reserva de fundos próprios equivalentes a 7% dos valores emprestados.

Finalmente, a presidência dinamarquesa pôs sobre a mesa um texto que introduzia emendas secundárias e que suspendeu as últimas preocupações.

"O Reino Unido aprova o acordo político de hoje", declarou o ministro de Finanças, George Osborne. O acordo "ajudará a proteger o contribuinte de pagar o preço quando as coisas ficarem mal", acrescentou um porta-voz do Tesouro britânico.

Na segunda-feira, o Parlamento Europeu, que deverá discutir a legislação, disse que estava pronto para continuar o trabalho. No próximo mês, o texto deve ser examinado pelos eurodeputados.

O acordo será aplicado a 8.300 bancos.

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