Economia

Turismo tem perdas de R$ 474 bi em dois anos de pandemia no Brasil

Após um tombo de 36,7% em 2020, o volume de serviços nas atividades turísticas terminou 2021 com crescimento de 21,1% ante 2020

A retomada em 2021 não foi o suficiente para recuperar as perdas da pandemia (Eduardo Moody/Divulgação)

A retomada em 2021 não foi o suficiente para recuperar as perdas da pandemia (Eduardo Moody/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de fevereiro de 2022 às 08h38.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2022 às 08h38.

A retomada do turismo em 2021 não bastou para recuperar as perdas da pandemia. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor deixou de faturar R$ 214 bilhões em 2021. Do início da pandemia, em 2020, até dezembro passado, a perda é de R$ 473,7 bilhões.

Após um tombo de 36,7% em 2020, o volume de serviços nas atividades turísticas terminou 2021 com crescimento de 21,1% ante 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em dezembro, o volume das atividades turísticas cresceu 3,5% ante novembro, mas o nível de atividade ainda está 11,4% abaixo de fevereiro de 2020.

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Para a CNC, a recuperação completa das perdas ainda não virá em 2022. A entidade projeta crescimento de apenas 1,7% no volume de serviços prestados nas atividades turísticas este ano. Além da crise sanitária, que levou ao cancelamento de eventos, o desempenho deverá ser afetado pela conjuntura econômica.

"O quadro adverso ainda não se reverteu. Ao contrário dos demais serviços, as atividades turísticas ainda operam 'no vermelho'", aponta um trecho do relatório.

O acompanhamento da CNC toma como base o ritmo de receitas do setor em janeiro e fevereiro de 2020. O faturamento de dezembro ficou R$ 10,2 bilhões abaixo do padrão pré-pandemia. No auge das perdas, em julho de 2020, a frustração de receitas mensais foi de R$ 34,9 bilhões.

Empregos

A recuperação parcial do setor de turismo também não foi suficiente para retomar a quantidade de postos de trabalho. Nos cálculos da CNC, 476 mil vagas formais foram fechadas em 2020, nos registros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em 2021, o saldo entre admissões e demissões aponta para a criação de 150,9 mil postos de trabalho, menos de um terço do total perdido.

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