Economia

Tsipras admite eleições antecipadas caso não retome maioria

“Sou o último que teria pretendido eleições caso tivéssemos mantido a maioria parlamentar” para os próximos quatro anos, disse Tsipras


	O premier grego, Alexis Tsipras: “Se não tivermos maioria parlamentar, seremos forçados a eleições”, disse o premier
 (Aris Messinis/AFP)

O premier grego, Alexis Tsipras: “Se não tivermos maioria parlamentar, seremos forçados a eleições”, disse o premier (Aris Messinis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2015 às 14h49.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse hoje (29) que seu governo será forçado à convocação de eleições antecipadas caso não recupere a maioria parlamentar que perdeu nas duas últimas votações sobre as reformas exigidas pelos credores.

“Se não tivermos maioria parlamentar, seremos forçados a eleições”, disse Tsipras, em entrevista a uma emissora de rádio. No entanto, ele vai tentar convencer os deputados do seu partido que se opuseram ao acordo com os credores internacionais a voltarem a apoiar o governo nas reformas previstas.

Alexis Tsipras, líder do partido da esquerda radical que venceu as eleições de janeiro e elegeu 149 dos 300 deputados, reconheceu que os compromissos do “acordo de Bruxelas” de 13 de julho conduziram a uma situação que poderá implicar em convocação de eleições antecipadas.

Nas duas votações no Parlamento sobre os programas de reformas - que os credores internacionais exigiram como condição prévia para o início das conversações sobre um terceiro resgate avaliado em 86 bilhões de euros por três anos - mais de 30 deputados do grupo parlamentar Syriza decidiram votar contra.

Os projetos em discussão acabaram por ser aprovados com os votos dos deputados dos Gregos Independentes (Anel, parceiro de coligação) e dos representantes de três partidos da oposição (Nova Democracia, Pasok e To Potami).

“Sou o último que teria pretendido eleições caso tivéssemos mantido a maioria parlamentar” para os próximos quatro anos, disse Tsipras.

O líder do Syriza observou que a sua prioridade consiste em garantir um acordo para o terceiro resgate, e espera que no início de setembro o seu partido convoque um congresso extraordinário para definir qual o seu programa e as próximas iniciativas.

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