Economia

Trump quer enviar US$ 1.000 a americanos contra impacto econômico de vírus

O presidente dos Estados Unidos afirmou que o desafio econômico do coronavírus será difícil no curto prazo, mas a economia acabará se recuperando

Donald Trump: presidente anuncia medidas contra os impactos econômicos do novo coronavírus Covid-19 (Drew Angerer/Getty Images)

Donald Trump: presidente anuncia medidas contra os impactos econômicos do novo coronavírus Covid-19 (Drew Angerer/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 17 de março de 2020 às 14h40.

Última atualização em 17 de março de 2020 às 18h36.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira, 17, um plano para enviar dinheiro aos americanos imediatamente para aliviar o choque econômico da crise do coronavírus, e disse que hospitais de estilo militar provavelmente serão implantados em epicentros da doença para atender pacientes.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, junto a Trump na sala de imprensa da Casa Branca, disse que está conversando com líderes do Congresso sobre um plano de enviar cheques imediatamente para os americanos deslocados. Trump disse que algumas pessoas devem receber até 1.000 dólares.

Ele estimou que as medidas econômicas que Trump propôs injetariam 1 trilhão de dólares na economia dos EUA.

"Colocamos uma proposta sobre a mesa que injetaria 1 trilhão de dólares na economia", afirmou ele nesta terça-feira após reunião com senadores republicanos.

"Quero apenas dizer que essa é uma combinação de empréstimos. Essa é uma combinação de cheques diretos para indivíduos. É uma combinação de criação de liquidez para pequenas empresas."

Lutando para controlar um vírus imprevisível que afetou os americanos em todas as esferas da vida, Trump previu que o desafio econômico será difícil no curto prazo, mas que a economia acabará se recuperando.

"Vamos vencer e acho que vamos vencer mais rápido do que as pessoas pensam, espero", disse Trump, cercado pelos principais conselheiros da crise do coronavírus.

O vice-presidente Mike Pence disse que o governo está pedindo às empresas de construção que doem máscaras faciais N95 a hospitais locais e não comprem mais, para ajudar os médicos.

Pence disse que o Corpo de Engenheiros do Exército pode implantar hospitais de campo rapidamente para ajudar a lidar com o fluxo de pacientes com o vírus. Trump disse que está procurando locais onde eles sejam necessários.

Na segunda-feira, Trump pediu aos americanos que trabalhem diligentemente por 15 dias para tentar retardar a propagação do vírus, evitando multidões e ficando em casa a maior parte do tempo.

"Estamos pedindo à geração mais velha que fique em casa... Estamos pedindo à geração mais nova que pare de sair", disse Deborah Birx, consultora sobre o coronavírus de Trump.

A desaceleração abrupta interrompeu a indústria aérea dos EUA e outros setores econômicos, e deixou um número crescente de americanos desempregados.

Com os mercados principalmente em tendência de queda, o secretário Mnuchin disse que as bolsas de valores dos EUA devem permanecer abertas para garantir aos americanos o acesso ao próprio dinheiro.

"Todos querem manter os mercados abertos. Podemos chegar a um ponto em que reduziremos as horas, se isso é algo que eles precisam fazer, mas os americanos devem saber que faremos tudo para garantir que eles tenham acesso a seu dinheiro em seus bancos, ao dinheiro de seu plano de Previdência e ao dinheiro em ações", disse Mnuchin.

Novas restrições?

Trump afirmou que há possibilidade de haver "mais limitações de viagens" dentro dos Estados Unidos devido ao avanço da pandemia de coronavírus. Durante coletiva, o republicano disse que as restrições de viagens ficarão a cargo de cada governo estadual. "Recomendo que as pessoas aproveitem sua residência agora", aconselhou Trump.

"Podemos fazer um fechamento da nação, mas ainda não precisamos", declarou Trump, acrescentando que os EUA discutem um fechamento de fronteiras com Canadá e México.

Segundo o republicano, os casos confirmados de coronavírus nos EUA já passaram de 5.000 e "muitas pessoas vão morrer". "Estamos tentando reduzir o número de casos fatais", disse o presidente americano.

Trump declarou, também, que, se houver superlotação de hospitais em áreas críticas, o governo procurará alternativas.

Home office

O presidente americano aconselhou os cidadãos americanos a ficar 15 dias trabalhando à distância, de casa, em meio à pandemia de coronavírus. "Há progresso com o serviço público de saúde e com as farmácias ampliando testes", disse o republicano, acrescentando que "todos os estados estão preparados para testes de coronavírus".

"Falei com o setor de restaurantes, que manterá apenas drive-through", afirmou Trump. Segundo o presidente americano, o governo também está trabalhando para garantir que as eleições presidenciais de novembro não sejam adiadas.

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