Economia

Trump espera fechar acordo orçamentário apesar de divergências

O presidente americano não aceitará nenhuma medida para substituir o Daca sem que a oposição ceda em relação aos projetos relativos à fronteira

Trump: os congressistas precisam chegar a um acordo para estender o financiamento do governo federal até amanhã (Kevin Lamarque//Reuters)

Trump: os congressistas precisam chegar a um acordo para estender o financiamento do governo federal até amanhã (Kevin Lamarque//Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de dezembro de 2017 às 18h36.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, espera fechar nesta quinta-feira um acordo orçamentário com os democratas para evitar uma paralisação parcial do governo federal, mas não aceitará nenhuma medida para substituir o programa de Ação Diferida para Chegados na Infância (Daca) sem que a oposição ceda em relação aos projetos relativos à fronteira.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, expressou um leve otimismo em relação à reunião que Trump terá com os líderes da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, ainda hoje.

"Essa é uma prioridade importante para o governo, e esperamos que hoje isso seja debatido e que se chegue a um acordo", afirmou Sanders em entrevista coletiva pouco antes do encontro.

Os congressistas precisam chegar a um acordo para estender o financiamento do governo federal até amanhã, quando se encerra o prazo do atual orçamento. Caso não haja um pacto, o governo federal pode sofrer uma paralisação por falta de recursos já no sábado.

Os republicanos da Câmara dos Representantes apresentaram um texto para ampliar o orçamento atual por mais duas semanas, ganhando assim tempo para negociar com os democratas.

No entanto, os democratas rejeitaram a proposta depois de os republicanos se negarem a incluir alguns de seus projetos.

Pelosi alertou hoje que não aceitará qualquer acordo se não houver proteção para os "sonhadores", jovens sem documentos protegidos da deportação pelo Daca.

Trump revogou esse programa, criado pelo ex-presidente Barack Obama, em setembro, mas deu seis meses para que o Congresso criasse uma resposta legislativa ao problema.

Perguntada sobre a postura dos democratas, Sanders disse que Trump apoia uma lei orçamentária "limpa", ou seja, sem a inclusão de outras medidas, como uma solução para o fim do Daca.

"O presidente disse sobre o Daca que quer garantir que teremos uma reforma migratória responsável, que inclua suas prioridades, e isso tem que fazer parte da discussão", explicou.

Trump quer que a lei que substitua o Daca seja acompanhada de medidas para reforçar a segurança na fronteira, limitar a concessão de vistos por meio de um mecanismo de méritos e criar um sistema de pontos para que os imigrantes obtenham residência permanente.

Sanders afirmou, além disso, que o presidente continua comprometido com a construção de um muro na fronteira com o México, uma medida considerada como inaceitável pelos democratas.

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