Economia

Trump diz que OMC é injusta, mas admite que taxas causarão prejuízos

A China apresentou nesta quinta-feira à OMC um processo formal contra os Estados Unidos por tarifas

Trump: para presidente americano, China tem vantagens e benefícios na entidade por ser considerada uma nação em desenvolvimento (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: para presidente americano, China tem vantagens e benefícios na entidade por ser considerada uma nação em desenvolvimento (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de abril de 2018 às 22h17.

Última atualização em 6 de abril de 2018 às 22h19.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar a Organização Mundial de Comércio (OMC) nesta sexta-feira, ao afirmar que o órgão é injusto com o país e oferece vantagens à China, mas reconheceu que a taxação sobre as exportações chinesas podem gerar prejuízos no curto prazo.

"A China, que é uma grande potência econômica, é considerada uma nação em desenvolvimento dentro da OMC. Por isso, ela tem tremendas vantagens e benefícios, especialmente sobre os EUA", disse o presidente americano por meio do Twitter.

"Alguém pensa que isso é justo. Fomos muito mal representados. A OMC é injusta com os EUA", completou Trump.

As declarações foram dadas depois de Trump ter anunciado ontem que estuda impor US$ 100 bilhões em tarifas à China, valores que se somariam aos US$ 50 bilhões já anunciados pelo governo americano, como um contra-ataque as taxas impostas por Pequim nesta semana.

Perguntado sobre as possíveis consequências nos EUA de uma guerra comercial, como alertam vários economistas, Trump reconheceu a possibilidade de prejuízos ao país no curto prazo.

"Mas as bolsas subiram 40%, 42%, pode ser que percamos um pouco disso. Mas vamos ter um país muito mais forte quando acabar", afirmou o presidente em uma entrevista à rádio "WABC".

"É algo que temos que fazer", ressaltou.

A China apresentou nesta quinta-feira à OMC um processo formal contra os Estados Unidos pelos US$ 50 bilhões em tarifas.

Trump vem reiterando que não entrou em guerra comercial com a China porque os EUA já "perderam essa batalha há muitos anos". Para ele, prova disso é o déficit comercial americano com Pequim.

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