Economia

Trump diz que dados sobre emprego mostram "maior recuperação da história"

Taxa de desemprego de maio caiu de forma inesperada para 13,3%, ante 14,7% em abril, devido à criação de empregos em meio à pandemia

Donald Trump: Estados Unidos é o país com o maior número de casos no mundo (Henry Nicholls/Reuters)

Donald Trump: Estados Unidos é o país com o maior número de casos no mundo (Henry Nicholls/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de junho de 2020 às 14h37.

Última atualização em 5 de junho de 2020 às 14h40.

O presidente norte-americano, Donald Trump, comemorou nesta sexta-feira um impressionante relatório de emprego nos Estados Unidos, que mostrou que o país gerou mais de 2,5 milhões de postos de trabalho no mês passado, durante o auge da pandemia de coronavírus, e previu que a economia se recuperará até o ano que vem.

"Hoje é provavelmente, se você parar para pensar, o dia da maior recuperação da história norte-americana", disse Trump na Casa Branca. "Seremos mais fortes do que éramos quando estávamos voando alto", acrescentou.

Trump, que contava com uma economia forte para aumentar suas chances de reeleição em novembro, disse que a recuperação pode ser dificultada por impostos mais altos e pela implementação do plano de mudança climática Green New Deal se os Democratas ganharem a Casa Branca.

Ele fez as declarações depois de o Departamento do Trabalho divulgar dados mostrando taxa de desemprego em queda a 13,3% no mês passado, ante 14,7% em abril. Foram criadas, fora do setor agrícola, 2,509 milhões de vagas no mês passado, em termos líquidos, após fechamento recorde de 20,687 milhões em abril.

No entanto, muitos economistas alertam que pode levar anos para a economia dos EUA recuperar todos os empregos perdidos.

Trump tem tido dificuldades na resposta às consequências do surto de coronavírus, que levou a uma quarentena em todo o país e colocou a economia praticamente em paralisia e deixou cerca de 40 milhões de norte-americanos sem trabalho.

Trump tem pressionado autoridades estaduais e locais a suspender restrições comerciais destinadas a retardar a propagação do vírus, que matou mais de 108 mil e infectou mais de 1,88 milhão de norte-americanos desde fevereiro.

Trump disse que a recuperação econômica dos EUA vai acelerar depois que Estados afetados pela pandemia, incluindo Nova York e Nova Jersey, permitirem que as empresas retomem as atividades. Ele disse que Estados como a Califórnia, que ainda têm restrições, devem seguir o exemplo da Flórida e de outros Estados que relaxaram os lockdowns.

O presidente republicano, que foi criticado por subestimar inicialmente a ameaça do vírus para os Estados Unidos, disse que as autoridades devem se concentrar em proteger os idosos, com maior probabilidade de morrerem, e permitir que os jovens voltem ao trabalho e à escola.

Estímulo

O Congresso dos EUA aprovou 1 trilhão de dólares em ajuda para diminuir o impacto econômico da pandemia, mas republicanos e democratas ainda estão em desacordo quanto à necessidade de estímulos adicionais.

Trump disse que apoiaria mais ajuda, e o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, disse em entrevista à CNBC que isso pode incluir auxílio a Estados que alertaram que podem ter que demitir professores, policiais e outros funcionários públicos. Os republicanos no Congresso têm resistido a essa ideia.

Trump repetiu seu pedido pela redução de impostos nas folhas de pagamentos e disse que em breve anunciará uma proposta de incentivos fiscais para impulsionar os gastos em restaurantes e entretenimento.

Uma série de pesquisas públicas mostrou Trump atrás do provável candidato presidencial democrata Joe Biden nacionalmente e em alguns dos Estados nos quais as eleições serão decididas em 3 de novembro.

Trump também está lidando com protestos em massa em todo o país pela morte do afro-americano George Floyd nas mãos da polícia em Minneapolis na semana passada. A morte de Floyd reacendeu tensões raciais no país.

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