Economia

Trump diz não estar "satisfeito" com negociação comercial com China

Presidente americano disse que déficit comercial de US$ 500 bi anuais é a prova de que o comércio com o país asiático é injusto e desvantajoso para os EUA

Donald Trump: "Quero que seja um grande acordo para os EUA e que seja um bom acordo para a China. Pode ser que não seja possível" (/Joshua Roberts/Reuters)

Donald Trump: "Quero que seja um grande acordo para os EUA e que seja um bom acordo para a China. Pode ser que não seja possível" (/Joshua Roberts/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de maio de 2018 às 22h44.

Washington- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que não está "satisfeito" com as conversas com a China, apesar de neste fim de semana ter sido anunciado um acordo-marco para diminuir as tensões comerciais com o gigante asiático.

"A China fez uma fortuna (...). Não estou satisfeito, mas temos um longo caminho pela frente", declarou Trump aos jornalistas ao receber o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, na Casa Branca.

O presidente americano ressaltou, no entanto, que tais conversas "são um início", depois da visita a Washington de uma delegação chinesa, liderada por Liu He, principal assessor econômico do presidente Xi Jinping.

"Quero que seja um grande acordo para os EUA e que seja um bom acordo para a China também. Pode ser que não seja possível", acrescentou, ao salientar que o avultado déficit comercial com Pequim, de US$ 500 bilhões anuais, é a prova de que o comércio é injusto e desvantajoso para Washington.

Neste final de semana, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, anunciou que se estava "colocando em suspenso a guerra comercial" com a China, após realizar várias reuniões com Liu.

Mnuchin detalhou que a suspensão se referia às tarifas por US$ 150 bilhões a centenas de produtos chineses que o presidente Trump tinha ameaçado impor por questões de propriedade intelectual e para forçar Pequim a equilibrar a balança comercial bilateral.

A China, por sua parte, aceitou aumentar "significativamente" suas compras de bens e serviços dos Estados Unidos, e hoje anunciou a redução das tarifas que impõe às importações de automóveis e autopeças. EFE

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