Economia

Trump deve apresentar lista de tarifas contra a China nesta semana

Medida visa punir Pequim por políticas de transferência de tecnologia, intensificando as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo

China e EUA: governo de Donald Trump divulgará nesta semana a lista de importações chinesas que serão objeto de tarifas dos EUA (Hyungwon Kang/Reuters)

China e EUA: governo de Donald Trump divulgará nesta semana a lista de importações chinesas que serão objeto de tarifas dos EUA (Hyungwon Kang/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de abril de 2018 às 09h46.

Última atualização em 2 de abril de 2018 às 10h41.

Washington - O governo do presidente norte-americano, Donald Trump, divulgará nesta semana a lista de importações chinesas que serão objeto de tarifas dos EUA para punir Pequim por políticas de transferência de tecnologia, uma medida que deve intensificar as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

A lista de 50 a 60 bilhões de dólares em importações anuaisdeverá ser direcionada a produtos "em grande parte de alta tecnologia" e pode levar mais de dois meses até que as tarifas entrem em vigor, disseram autoridades do governo.

O escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) precisa apresentar a lista de produtos até sexta-feira, de acordo com o decreto tarifário contra a China que Trump assinou em 22 de março.

As tarifas visam a forçar mudanças nas políticas do governo chinês que, segundo o USTR, resultam na transferência "não econômica" da propriedade intelectual dos EUA para empresas chinesas.

A investigação da agência autorizando as tarifas alega que a China tem sistematicamente procurado se apropriar indevidamente da propriedade intelectual dos EUA por meio de exigências de joint venture, regras injustas de licenciamento de tecnologia, compras de empresas de tecnologia dos EUA com financiamento estatal e roubo.

A China negou que suas leis exijam transferências de tecnologia e ameaçou retaliar quaisquer tarifas norte-americanas com sanções comerciais próprias, com alvos potenciais como soja, aeronaves ou equipamento pesado dos EUA.

No domingo, Pequim elevou tarifas em até 25 por cento sobre 128 produtos dos Estados Unidos, de carne suína congelada e vinho a certas frutas e nozes, ampliando a disputa entre as duas maiores economias do mundo em resposta à tarifas norte-americanas sobre as importações de aço e alumínio.

Surgiram temores de que os dois países entrem em uma guerra comercial que arruinará o crescimento global.

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