Economia

"Troika" aceita novas medidas de ajuste do governo português

"Agora depende do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana autorizar formalmente essa decisão", declarou, em referência ao Conselho de Ministros de Finanças


	Crise de Dívida Pública em Portugal: o Eurogrupo também aprovará formalmente flexibilizar as metas de redução do déficit de Portugal
 (Marcel Salim/EXAME.com)

Crise de Dívida Pública em Portugal: o Eurogrupo também aprovará formalmente flexibilizar as metas de redução do déficit de Portugal (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 15h58.

Bruxelas - A "troika", formada pela Comissão Europeia, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), aceitou os novos ajustes que o governo de Portugal quer incluir nos orçamentos de 2013.

"A Comissão Europeia chegou a um acordo com as outras instituições da "troika" em nível técnico sobre a revisão do memorando de entendimento e as medidas revisadas", confirmou nesta terça-feira o porta-voz comunitário de Assuntos Econômicos e Monetários, Simon O'Connor, na entrevista coletiva diária da instituição.

"Agora depende do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana autorizar formalmente essa decisão", declarou, em referência ao Conselho de Ministros de Finanças da eurozona e da União Europeia que se reunirão nos dias 8 e 9 de outubro em Luxemburgo.

As medidas alternativas apresentadas pelo Executivo português se referem a ajustes que substituem a alta das contribuições dos trabalhadores à Previdência Social, desvalorizada após uma onda de críticas de sindicatos, empresários e líderes da oposição e dos próprios partidos do governo.

O primeiro-ministro português, o conservador Pedro Passos Coelho, anunciou há uma semana que, em substituição a essa medida, elevará os impostos sobre os salários, o capital e o patrimônio, embora por enquanto não tenha dado detalhes sobre o aumento da carga fiscal.

O Eurogrupo também aprovará formalmente flexibilizar as metas de redução do déficit de Portugal, que este ano já não deverá cair para 4,5% do PIB, mas para 5%, disseram à Agência Efe fontes da eurozona. 

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