Economia

Tribunal dos EUA recusa pedido da Argentina de rever dívida

"É um pedido que dificilmente é aceito, portanto não surpreendeu ninguém", afirmou Sean O'Shea, que faz parte dos 93% dos credores que aceitaram reestruturações da dívida


	O tribunal de apelações de NY já tinha decidido em novembro passado deixar em suspenso uma ordem que exigia que a Argentina pagasse aos credores US$ 1,33 bilhão antes de 15 de dezembro
 (Mehdi Taamallah/AFP)

O tribunal de apelações de NY já tinha decidido em novembro passado deixar em suspenso uma ordem que exigia que a Argentina pagasse aos credores US$ 1,33 bilhão antes de 15 de dezembro (Mehdi Taamallah/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 19h48.

Nova York - Um tribunal de apelações de Nova York rejeitou nesta terça-feira um pedido da Argentina para que todos seus juízes revisassem uma decisão prévia no julgamento entabulado por fundos de investimento que rejeitaram suas reestruturações de dívida em 2005 e 2010.

Em um breve comunicado judicial, ao qual a Agência Efe teve acesso, a Corte de Apelações do Segundo Circuito recusou o pedido dos advogados do Estado argentino para que o plenário dos 13 juízes revisasse uma decisão prévia que favoreceu os credores.

"É um pedido que dificilmente é aceito, portanto não surpreendeu ninguém", afirmou à Efe o advogado Sean O'Shea, do fundo Gramercy, que faz parte dos 93% dos credores que aceitaram as reestruturações de dívida argentina.

O advogado acrescentou que a decisão adotada hoje pelo tribunal, que não explicou os motivos de sua decisão, "não terá um impacto no recurso paralelo apresentado perante o painel de três juízes".

Esse mesmo tribunal de apelações tinha decidido em novembro passado deixar em suspenso uma ordem do juiz federal Thomas Griesa que exigia que a Argentina pagasse aos credores US$ 1,33 bilhão antes do dia 15 de dezembro.

Os advogados da Argentina têm até esta sexta-feira para oferecer detalhes de sua última oferta aos credores querelantes, a quem propõe as mesmas condições aceitas pelos credores que aderiram às reestruturações de 2005 e 2010.

Acompanhe tudo sobre:CréditoDívida públicaEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo