Economia

Três projetos são enquadrados para crédito em critério do FI-FGTS

Ao todo, os empreendimentos pediram R$ 1,3 bilhão em crédito. A partir de agora, a operação será estruturada pelos gestores do Fundo

Projetos: o número de projetos contemplados é bem menor que o grupo de 34 empreendimentos apresentados (Rodrigo Bellizzi/Thinkstock)

Projetos: o número de projetos contemplados é bem menor que o grupo de 34 empreendimentos apresentados (Rodrigo Bellizzi/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de maio de 2017 às 14h59.

Três projetos de infraestrutura foram enquadrados nos critérios do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) para receber crédito.

Ao todo, os empreendimentos pediram R$ 1,3 bilhão em crédito e, a partir de agora, a operação será estruturada pelos gestores do Fundo.

O número de projetos contemplados é bem menor que o grupo de 34 empreendimentos apresentados e que pediram R$ 11,3 bilhões em créditos do FI-FGTS nessa rodada do edital.

A seleção dos projetos foi assunto de reunião do Comitê de Investimentos do FI-FGTS nesta quarta-feira, 31, em Brasília.

Segundo o presidente do Comitê, Marco Aurélio Queiroz, dois dos projetos habilitados são do setor de energia. A Xingu Rio Transmissora de Energia pediu R$ 1 bilhão em crédito para uma linha de transmissão entre o Norte do País e o Rio de Janeiro.

Já a Empresa Sudeste de Transmissão de Energia solicitou R$ 183 8 milhões para a construção de uma linha de transmissão entre Minas Gerais e o Espírito Santo.

O terceiro projeto habilitado é o Porto Central Complexo Industrial Portuários, que terá R$ 140 milhões para o empreendimento no Espírito Santo.

Queiroz explicou que não poderia dar detalhes sobre os sócios dos empreendimentos e que, a partir de agora, os projetos serão avaliados detalhadamente pelos gestores e a liberação dos recursos ocorrerá à medida que os projetos avancem.

O presidente do Comitê de Investimentos do FI-FGTS rejeita a avaliação de que o número de apenas três projetos habilitados signifique o fracasso do edital que oferecia crédito aos projetos de infraestrutura - havia R$ 7 bilhões disponíveis.

"Entendemos que o resultado foi extremamente positivo. Conseguimos colocar R$ 1,3 bilhão que se transformarão em mais de R$ 5 bi de investimentos para a economia", disse, ao citar que o FI-FGTS pode financiar até 50% do projeto e que o restante dos recursos precisa ser obtido de outras fontes ou capital próprio dos sócios.

Apesar dessa avaliação, o comitê do Fundo aprovou a abertura de um novo edital de chamamento público para novos projetos em 12 de junho. Os projetos que foram rejeitados poderão ser reapresentados, já que são de fácil ajuste.

Segundo Queiroz, o principal problema foi a apresentação de documentos inadequados.

J&F

O FI-FGTS tem exposição de R$ 940 milhões ao Grupo J&F. A informação foi dada pelos gestores do fundo em entrevista coletiva realizada nesta quarta.

Toda a exposição é com a empresa do setor papeleiro, a Eldorado. Os pagamentos das debêntures, segundo os gestores, estão "rigorosamente em dia".

Questionado sobre a situação da empresa, o presidente do Comitê de Investimentos do FI-FGTS, Marco Aurélio Queiroz, disse que o trabalho de monitoramento da carteira é realizado "rotineiramente em todos os ativos".

Queiroz também anunciou que o conselho do Fundo elegeu novos membros para o comitê. Luiz Fernando Imediato, representante dos trabalhadores, será o novo presidente do comitê.

Já Caio Mario Alvares, indicado pelos empregadores, foi eleito para a vice-presidência. Os mandatos são de um ano e valem a partir de quinta-feira.

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