Economia

Três classes de despesa desaceleram no IPC-S de julho

Entre elas está o grupo Alimentação, que passou de 1,16% na leitura anterior para 1,02% no encerramento do mês passado, puxado pelo item carnes bovinas

A taxa de variação  da carne bovina passou de menos 0,39% para menos 0,77% (Leo Feltran)

A taxa de variação da carne bovina passou de menos 0,39% para menos 0,77% (Leo Feltran)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2012 às 09h36.

São Paulo - Três classes de despesas apresentaram desaceleração de preços no Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da quarta quadrissemana de julho, que encerra o mês, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre elas está o grupo Alimentação, que passou de 1,16% na leitura anterior para 1,02% no encerramento do mês passado, puxado pelo item carnes bovinas, cuja taxa de variação passou de -0,39% para -0,77%. Em junho, esse grupo havia encerrado o mês com taxa de 0,74%.

Saúde e Cuidados Pessoais e Educação, Leitura e Recreação foram as outras duas classes de despesas que registraram desaceleração de preços da terceira para a quarta quadrissemana de julho. O primeiro grupo variou de 0,27% para 0,23% no período, enquanto o segundo passou de 0,35% para 0,27% na mesma base de comparação. Em Educação, Leitura e Recreação, o item passagem aérea foi o destaque ao passar da taxa de -1,46% na quadrissemana anterior para -5,81% na leitura divulgada nesta quarta-feira. No grupo Saúde, o destaque ficou para os artigos de higiene e cuidados pessoais, com variação saindo de -0,02% para -0,10%.

Apenas dois grupos apresentaram aceleração de preços na leitura divulgada nesta quarta-feira em relação à anterior: Despesas Diversas, que passou de 0,41% para 0,42% no período, e Comunicação, que pulou de 0,19% para 0,28%. As duas classes de despesas foram influenciadas, respectivamente, pelos itens cigarros (-0,38% para -0,07%) e tarifa de telefone residencial (0,61% para 0,87%).

Vestuário (de -0,73% para -0,88%) e Transportes (de -0,41% para -0,49%) acentuaram as taxas negativas no fechamento de julho, com o primeiro grupo influenciado pelos calçados (de -0,20% para -0,37%) e o segundo, pela tarifa de ônibus urbano (0,84% para 0,21%).

O grupo Habitação repetiu a taxa de variação da última apuração, 0,18%, com o item serviços de residência apresentando aceleração de preços, de 0,40% na terceira quadrissemana para 0,47% na quarta, e o item aluguel e condomínio registrando desaceleração de 0,56% para 0,46% no período.

O tomate foi o vilão da inflação medida pelo IPC-S no fechamento de julho ao registrar variação de 67,25% na quarta quadrissemana do mês ante 57,06% na leitura anterior, do último dia 22. O item foi o que mais exerceu pressão de alta no indicador, que subiu 0,22% na leitura divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ante 0,28% na terceira quadrissemana.


Os outros quatro itens que puxaram o IPC-S para cima foram Refeições em bares e restaurantes, que desacelerou de 0,60% na terceira quadrissemana para 0,49% na quarta quadrissemana; Cenoura, que variou de 28,13% para 30,69%; Plano e seguro de saúde, que repetiu a taxa de 0,56%; e Show musical, cuja taxa pulou de 3,54% no IPC-S do dia 22 para 4,35% na leitura atual.

No sentido contrário, os automóveis novos e usados seguiram como maiores influências de baixa no IPC-S.

O primeiro item ampliou a deflação, ao passar de -2,22% na terceira quadrissemana para -2,72% na quarta, enquanto o segundo foi de -1,11% para -0,87% no período. Batata inglesa (de -4,65% para -12,10%), Gasolina (de -0,67% para -0,63%) e Tarifa de eletricidade residencial (de -0,61% para -0,55%) completam a lista dos itens que exerceram maior pressão de baixa no IPC-S do fechamento de julho.

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