Economia

Transporte puxa aceleração do IPC-M em dezembro, diz FGV

De novembro para dezembro, o IPC avançou de 0,65% para 0,69%, enquanto o grupo de Transportes passou de 0,12% para 0,76%


	Funcionário de um posto de gasolina abastece um carro em São Paulo: a alta foi puxada principalmente pela gasolina (-0,41% para 2,11%)
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Funcionário de um posto de gasolina abastece um carro em São Paulo: a alta foi puxada principalmente pela gasolina (-0,41% para 2,11%) (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 09h15.

São Paulo - A principal contribuição para a aceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em dezembro, apurado para a composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), divulgado nesta sexta-feira, 27, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), veio do grupo Transportes.

De novembro para dezembro, o IPC avançou de 0,65% para 0,69%. No mesmo período, Transportes passou de 0,12% para 0,76%, puxado principalmente por gasolina (-0,41% para 2,11%) e etanol (0,40% para 2,58%).

No âmbito do IPC também foram registrados acréscimos nos grupos Educação, Leitura e Recreação (0,32% para 0,65%), com destaque para passagem aérea (5,28% para 16,85%), e Alimentação (0,93% para 0,94%), com contribuição do item alimentação fora do domicílio (0,49% para 0,80%).

Em contrapartida, apresentaram decréscimo nas taxas de variação os grupos Habitação (0,83% para 0,58%), Comunicação (0,88% para 0,22%), Despesas Diversas (0,89% para 0,68%) e Vestuário (0,76% para 0,69%).

Em cada classe, as principais contribuições para esses movimentos partiram dos itens tarifa de eletricidade residencial (2,34% para 1,21%), tarifa de telefone móvel (1,32% para 0,63%), cigarros (1,50% para 1,12%) e calçados (0,44% para 0,36%), respectivamente.

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais repetiu a taxa de variação registrada na última apuração, de 0,50%. As principais influências em sentido ascendente e descendente partiram dos itens salão de beleza (0,43% para 1,41%) e medicamentos em geral (0,17% para 0,02%), nesta ordem.


As maiores influências positivas para o IPC-M em dezembro foram gasolina (-0,41% para 2,11%), aluguel residencial (0,88% para 1,11%), passagem aérea (5,28% para 16,85%), refeições em bares e restaurantes (0,45% para 0,55%) e tarifa de eletricidade residencial (2,34% para 1,21%).

Já a lista de maiores pressões negativas foi composta por leite tipo longa vida (-3,06% para -5,47%), feijão carioca (-4,19% para -8,21%), show musical (0,62% para -1,79%), pacotes de telefonia fixa e internet (1,19% para -0,39%) e café em pó (0,04% para -1,11%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou de 0,27% em novembro para 0,22% em dezembro. O indicador relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 0,29% para 0,23%. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra teve variação de 0,21% em dezembro, após ter avançado 0,25% no mês anterior.

Entre as maiores pressões negativas do INCC-M em dezembro estão ferragens para esquadrias (0,53% para -0,21%), rodapé de madeira (0,83% para -0,82%), areia lavada (-0,51% para -0,27%), tubos e conexões de PVC (0,54% para -0,04%) e massa corrida para madeira (0,61% para -0,40%).

Os itens que mais influenciaram o índice de forma positiva foram ajudante especializado (0,26% para 0,24%), servente (0,31% para 0,21%), argamassa (0,40% para 0,61%), carpinteiro - fôrma, esquadria e telhado (0,21% para 0,22%) e pedreiro (0,26% para 0,20%).

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEstatísticasFGV - Fundação Getúlio VargasIndicadores econômicosInflaçãoIPCTransportestransportes-no-brasil

Mais de Economia

Governo corta verbas para cultura via Lei Aldir Blanc e reduz bloqueio de despesas no Orçamento 2024

Governo reduz novamente previsão de economia de pente-fino no INSS em 2024

Lula encomenda ao BNDES plano para reestruturação de estatais com foco em deficitárias

Pacheco afirma que corte de gastos será discutido logo após Reforma Tributária